A eleição de domingo (2) vai mudar parte da composição da Assembleia Legislativa (AL) do Rio Grande do Sul. A partir de 31 de janeiro de 2023, a Casa terá mais negros e mulheres do que em 2018. Desta vez, 11 candidatas foram escolhidas pelos gaúchos, ante nove há quatro anos. Já entre os negros serão três, contra apenas um na legislatura anterior.
Mas, ainda que a presença feminina na AL tenha aumentado na comparação com 2018, ela se manterá igual à presença atual na Casa. Isso porque duas suplentes assumiram a titularidade em suas bancadas ao longo desta legislatura — Patrícia Alba (MDB) e Stela Farias (PT). As duas, inclusive, entraram como titulares no pleito deste ano.
Elas se somam a Luciana Genro (PSOL), Silvana Covatti (PP), Kelly Moraes (PL), Bruna Rodrigues (PCdoB), Delegada Nadine (PSDB), Laura Sito (PT), Sofia Cavedon (PT), Eliana Bayer (Republicanos) e Adriana Lara (PL).
O partido com maior bancada feminina será o PT. Dos 11 parlamentares eleitos pela sigla, três são mulheres: as atuais deputadas Sofia Cavedon e Stela Farias, que foram reeleitas, e a vereadora de Porto Alegre Laura Sito.
O PL, que obteve cinco cadeiras, terá duas mulheres na Assembleia. A deputada Kelly Moraes foi reeleita e, com ela, estará a ex-vereadora de Bagé Adriana Lara, que irá para o seu primeiro mandato na AL.
Os outros partidos têm uma mulher cada: PSOL, PP, MDB, PCdoB, PSDB e Republicanos. A mais votada entre elas foi Luciano Genro, reeleita com 111.126 votos, a segunda maior votação entre todos os 55 eleitos — atrás apenas de Gustavo Victorino (Republicanos), que somou 112.920 votos.
O único deputado estadual que se declarou negro na eleição de 2018 no Rio Grande do Sul foi Airton Lima, que era do PR e atualmente está no Podemos. Ele tentou a reeleição, mas ficou como suplente.
Nesta legislatura, a bancada negra será formada por Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues (PCdoB) e pelo vereador de Porto Alegre Matheus Gomes (PSOL), que conquistou 82.401 votos, sendo o quinto mais votado entre todos os eleitos.
Em relação à idade dos parlamentares eleitos, não houve tanta alteração. O crescimento foi de 49,3 anos (2018) para 50,8 anos (2022), em média. O deputado mais velho na nova legislatura será Adolfo Brito, 72 anos. Enquanto isso, os mais jovens são os dois vereadores da Capital, Laura Sito, 30, e Matheus Gomes, 31.
Outra curiosidade: em 2018, o parlamento gaúcho renovou 50,9% das cadeiras (27 parlamentares foram reeleitos e 28 conquistaram o primeiro mandato). Desta vez, a renovação foi menor, de 43,63%, já que 31 deputados foram reeleitos e 24 vão para o primeiro mandato ou voltam à AL após ficarem de fora da última legislatura.