Longas filas marcam a votação na Escola Estadual Baltazar de Oliveira Garcia, no bairro Jardim Leopoldina, em Porto Alegre. Esse é o local com maior número de eleitores na Capital, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) — são 9.615 pessoas previstas para votarem na instituição localizada na Zona Norte.
Aos 71 anos, Vera Maria Gonçalves estava há uma hora e meia na fila na seção 03 aguardando para votar.
— É muito tempo. A fila não anda — disse a eleitora.
Ao lado dela, Katia Vieira, 48, também reclamava da lentidão na fila. Desde os 18 anos ela vota no mesmo local, mas diz que nunca havia enfrentado a mesma demora.
— Já pegamos chuva, sol, vento. Todos os climas aqui na fila. Nunca peguei uma fila tão grande — descreveu.
As filas se formaram tanto na frente do principal acesso à escola, que leva até uma das seções mais movimentadas, como nos demais andares. No segundo pavimento, eleitores se aglomeravam nos corredores.
Quem pegou as filas para idosos, em algumas das seções, conseguiu votar mais rápido. Foi o caso de Amélia Margarete da Cunha Marques, 64 anos.
— Consegui votar bem rápido. Nunca deixo de votar — afirmou a eleitora na saída da escola.
Ilma Carvalho Moreira, 63, na mesma seção, levou quase três horas para conseguir votar. Chegou à escola às 9h30min e saiu 12h25min.
— Nunca tinha pego uma fila desse jeito aqui. Antes eu costumava chegar 7h30min e era uma das primeiras a votar. Dessa vez, foi muito devagar. Algumas pessoas ficaram nervosas, se estressaram — relatou.
Segundo o TRE, a demora em algumas seções pode ser ocasionada pela leitura da biometria e pelo fluxo elevado de eleitores no local. Ainda conforme o TRE, na seção 03 houve lentidão em razão de muitos eleitores chegarem ao local sem ter a colinha e não saber os números dos candidatos ou apresentando dificuldade para usar a urna. Isso teria deixado a votação mais lenta.
