Com a disputa do segundo turno para a Presidência da República definida entre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e o petista Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato à reeleição atendeu a imprensa, em Brasília (DF).
Bolsonaro, que à 0h29min alcançava 43,21% dos votos válidos, com 99,94% das urnas apuradas, afirmou mais cedo, logo após a definição do segundo turno, que pretende usar as quatro semanas até a segunda etapa do pleito para convencer a população brasileira de que a mudança para um governo de esquerda, em suas palavras, seria "piorar o Brasil", e comentou que buscará alianças com partidos como MDB e Novo, visando a vitória no dia 30 de outubro.
O candidato também criticou institutos de pesquisa e disse estar esperando o parecer das Forças Armadas em relação às urnas.
— Vencemos a mentira do dia de hoje, pois haviam institutos de pesquisa dando 51% para o Lula, o que influencia o eleitor. Tenho certeza que mostraremos para uma parcela da sociedade que a mudança para o "lado de lá" será pior. Faremos boas alianças para vencer as eleições — falou.
O atual presidente também ressaltou que, durante o período de campanha eleitoral, "mostrará dados positivos" em relação à economia, em uma tentativa de convencimento do eleitor indeciso.
— Estamos no terceiro mês da deflação, queremos mostrar para a população que a economia está melhorando. Há o sentimento de algumas pessoas de que a vida ficou pior, reconhecemos isso, mas vamos mostrar que a economia está se recuperando bem — pontuou.
Bolsonaro também confirmou que participará dos debates e sabatinas para os quais for chamado. O candidato também disse estar preocupado que o Brasil "perca sua liberdade", citando, com críticas, países onde governos de esquerda venceram as eleições, como Argentina, Colômbia, Chile e Nicarágua:
— Com o outro lado, não temos nada a ganhar, apenas a perder — encerrou.