O presidente Jair Bolsonaro acompanhou em Brasília, na manhã desta quarta-feira (7), o desfile cívico-militar em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil. Chefes dos demais poderes, como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, não participaram do evento.
Bolsonaro desfilou de carro aberto, acompanhado pela primeira-dama, Michelle. Antes do desfile, conclamou a população a ir às ruas para participar dos festejos pelo 7 de Setembro.
— O povo brasileiro está indo às ruas para festejar os 200 anos de Independência e uma eternidade de liberdade. O que está em jogo é a nossa liberdade, é o nosso futuro. E a população sabe que é ela que dá o norte para as nossas decisões — afirmou.
Na capital federal, o desfile na Esplanada dos Ministérios teve início às 9h. A programação incluiu apresentações das Forças Armadas, das polícias Militar e Rodoviária Federal, do Corpo de Bombeiros, além da participação dos estudantes dos colégios militares e das escolas públicas do Distrito Federal.
Também participaram do desfile integrantes do Grupamento de Veteranos da 2ª Guerra Mundial, os chamados pracinhas, ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Além deles, o público pode ver tropas de fuzileiros navais, cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, representantes de Tropas Especiais da Força Terrestre e cadetes da Academia da Força Aérea (AFA).
Durante o desfile, paraquedistas militares saltaram do céu de Brasília. A Marinha participou com as aeronaves VF-1, recém-modernizadas. A famosa Esquadrilha da Fumaça também fez uma apresentação ao público.
Ao final do evento, o presidente discursou em carro de som para apoiadores. No feriado que celebra a independência do país em relação ao império português, ele destacou a importância da liberdade.
— Nosso objetivo: a liberdade eterna. Tenham certeza, mais que o oxigênio, a nossa liberdade é essencial para a nossa vida — afirmou.
Bolsonaro ainda disse que trouxe à tona a verdade sobre "quem são" as casas Legislativas e o STF (quando ele citou o Supremo, vaias foram ouvidas na plateia).
— Podem ter certeza: é obrigação de todos jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Com uma reeleição, traremos para dentro destas quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora delas.
Sobre o governo que comanda, o presidente disse que uma mudança foi iniciada no país, mas prejudicada pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
— Quando parecia que tudo estava perdido para o mundo, eis que o Brasil ressurge, com uma economia pujante, com uma gasolina das mais baratas do mundo, com um dos programas sociais mais abrangentes do mundo, que é o Auxílio Brasil, com recorde na criação de empregos, com a inflação despencando e com um povo maravilhoso entendendo aonde seu país poderá chegar.