Faltando menos de uma semana para o primeiro turno das eleições, os principais candidatos à Presidência da República ainda tentam buscar os votos dos eleitores que ainda não escolheram em quem votar no próximo domingo (2). Assim, os quatro concorrentes mais bem cotados nas pesquisas – pela ordem, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – estiveram em diferentes partes do Brasil nesta segunda-feira (26) nos mais diferentes eventos pelo país.
Confira, abaixo, como foi o dia dos candidatos à Presidência da República.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) fez aquele que é considerado pelo partido um dos maiores atos de campanhas na semana que antecede o primeiro turno das eleições. Lula esteve em ato com artistas e intelectuais no Anhembi, em São Paulo. Compareceram personalidades como Djamila Ribeiro, Caetano Veloso, Chico Buarque, Daniela Mercury, Emicida e Valesca Popozuda. Além, claro, de personagens importantes do PT, como Gleisi Hoffmann, presidente do partido, e Dilma Rousseff, ex-presidente da República.
Criticado por Ciro Gomes mais cedo, o candidato do PT rebateu as críticas feitas pelo ex-governador do Ceará.
— Eu acho estranho ele dizer que é vítima de uma campanha de mentira porque ele tem mentido a meu respeito desde que começou a campanha. Eu, sinceramente, não sei o conteúdo do pronunciamento do Ciro, mas acho que ele tem surtado ultimamente. Se o Ciro quiser conversar, nós conversaremos. Agora, a conversa não é pessoal, é entre partido. Se for necessário conversar com o PDT, a nossa presidente Gleisi Hoffmann vai procurar o presidente (Carlos) Lupi, presidente do PDT, e vamos conversar — ressaltou Lula.
Jair Bolsonaro (PL)
Sem agenda durante todo o dia, o candidato à reeleição participou de uma sabatina no Jornal da Record, da TV Record, em São Paulo. Como vem sendo praxe quando se manifesta, Bolsonaro voltou a fazer elogios ao seu governo e a valorizar as principais medidas tomadas por ele nos últimos quatro anos – principalmente no que diz respeito à economia e também ao combate da pandemia no Brasil. Além disso, negou que tenha resistência entre as eleitoras mulheres. A última pesquisa Datafolha, divulgada em 23 de setembro, mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 49% das intenções de voto entre o grupo contra 29% do atual chefe do Executivo.
— Não é resistência, é uma narrativa por parte daqueles que me acusam, porque não têm mais nada do que me acusar. Eu quero o bem delas. Por que eu seria contra as mulheres? Não justifica isso. É uma narrativa que, com fatos, a gente mostra que fizemos muito mais que vários outros governos juntos no passado.
Bolsonaro também voltou a atacar as urnas e disse que aceitará a derrota caso as eleições sejam "limpas.
— O Tribunal Superior Eleitoral informou à Polícia Federal que um grupo de hackers ficou por oito meses dentro do TSE, inclusive no período eleitoral. Quando a Polícia Federal pede os logs, impressão digital do que aconteceu nos computadores, sete meses depois o TSE informa... Está assinado lá por parte do diretor de tecnologia de informática do TSE, que foram apagados, por uma empresa terceirizada que fez manutenção dos computadores. Ou seja, nem o TSE tem controle daquilo — repetindo algo que já foi classificado como mentira por agências de checagem.
Ciro Gomes (PDT)
O candidato do PDT reservou para a segunda-feira o lançamento, em São Paulo, do Manifesto à Nação, texto em que criticou os concorrentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e no qual afirma que o seu nome "continua sendo posto como firme e legítima opção" nas eleições, reafirmando que continuará com a sua candidatura à presidência do Brasil.
— Não fugirei do verdadeiro embate democrático e não compactuarei com essa farsa. Tenho um compromisso de vida, e de morte, com a luta por um Brasil melhor, e nada me amedrontará, nem irá me deter — afirmou o presidenciável.
No começo da noite, Ciro ainda participou do Flow Podcast.
Simone Tebet (MDB)
Depois de não conseguir aterrissar no Paraná, onde cumpriria agenda na parte da manhã desta segunda, a candidata do MDB veio para o Rio Grande do Sul. Primeiro, esteve em Pelotas, quando almoçou com a prefeita da cidade Paula Mascarenhas (PSDB) e com os deputados Viana (MDB) e Daniel Trzeciak (PSDB). Posteriormente, Tebet se reuniu com o candidato a governador Eduardo Leite (PSDB) e o vice Gabriel Souza (MDB) no comitê suprapartidário da campanha do tucano, em Pelotas.
Conhecida por ser um polo universitário, em uma das suas falas, Tebet reforçou seu compromisso com a educação durante seu governo, caso seja eleita.
— Eu dei aula 12 anos na universidade do meu Estado. Como é que se administra um estado, um país? Ali começou efetivamente a minha vida mais ativa na política. Então, estar em Pelotas, a terra dos estudantes, é assumir um compromisso com o futuro do Brasil. Pela primeira vez na história do Brasil, se eu for eleita presidente da República, a educação vai ser prioridade — afirmou.
Do sul do Rio Grande do Sul, Tebet partiu para a região central, chegando em Santa Maria no final da tarde. Por lá, reuniu-se com mais membros de entidades educativas, como Luciano Schuch, reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Irani Rupolo, reitor da Universidade Franciscana (UFN), no campus da UFSM. Além disso, a candidata também fez a Caminhada da Esperança, assim como já havia feito em Pelotas.