O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) oficializou no domingo (31), em convenção nacional, em São Paulo, o nome de Vera Lúcia como candidata à Presidência da República nas eleições de outubro. O partido também referendou o nome da indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão, como candidata a vice.
Durante discurso, Vera Lúcia defendeu a estatização das 110 maiores empresas do país, os bancos e a agroindústria, além da revogação das reformas e leis que "retiraram direitos dos trabalhadores". Segundo a candidata, a chapa composta por ela e Raquel Tremembé é indígena, negra e operária, que responde aos setores mais oprimidos da classe trabalhadora brasileira.
— Nós somos a maioria dos desempregados e precisamos construir um governo e, ao mesmo tempo, organizar a classe trabalhadora para controlar esse governo. Nós queremos governar o país com a classe trabalhadora e os indígenas, porque precisamos devolver suas terras, assim como precisamos devolver as terras dos quilombolas e os direitos que foram conquistados por nós — afirmou.
Perfil
Vera Lúcia tem 54 anos e é natural de Inajá, em Pernambuco. Operária sapateira, é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe.
Iniciou a militância ao começar a trabalhar em uma fábrica de calçados, aos 19 anos. Está no PSTU desde a fundação do partido, em 1994.
Vera já foi candidata ao governo de Sergipe, à prefeitura de Aracaju e à Câmara dos Deputados. Em 2018, foi candidata à Presidência da República e teve como vice o professor Hertz Dias, do Maranhão. Em 2020, ela foi a primeira mulher negra a disputar a prefeitura de São Paulo (SP), cidade onde mora atualmente.