O É isso mesmo?, mecanismo de checagem de GZH, entra em nova fase nesta segunda-feira (28), com foco na cobertura eleitoral. Para isso, ganha o reforço dos repórteres do Grupo de Investigação da RBS (GDI), que conferem as declarações dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre no primeiro debate da campanha eleitoral, realizado na Rádio Gaúcha.
Participaram do debate, mediado por Daniel Scola, os candidatos Fernanda Melchionna (PSOL), Gustavo Paim (PP), João Derly (Republicanos), José Fortunati (PTB), Juliana Brizola (PDT), Júlio Flores (PSTU), Luiz Delvair (PCO), Manuela D'Ávila (PCdoB), Montserrat Martins (PV), Nelson Marchezan (PSDB), Rodrigo Maroni (PROS), Sebastião Melo (MDB) e Valter Nagelstein (PSD).
Confira, abaixo, declarações checadas pelos jornalistas Carlos Rollsing, Eduardo Matos, Guilherme Justino, Jocimar Farina, Juliana Bublitz, Marcelo Gonzatto e Maria Maurente, com apoio do editor Leandro Brixius.
Júlio Flores (PSTU)
Nós achamos um absurdo, uma irresponsabilidade, a gente abrir agora a volta às aulas. Serão, em Porto Alegre, mais de 380 mil pessoas circulando na cidade.
Não é bem assim
O número de estudantes em Porto Alegre é de 380.791, conforme dados das últimas edições do Censo Escolar e do Censo da Educação Superior, ambos produzidos pelo Ministério da Educação (MEC) e compilados pela prefeitura de Porto Alegre. O total refere-se a todos os níveis de ensino e a todas as redes, ou seja: somados os estudantes das redes pública e particular desde a creche até o Ensino Superior.
Como o candidato citou "pessoas" e não "alunos" ou estudantes", o número de pessoas circulando com a volta às aulas seria maior do que 380 mil, pois envolveria também pais, professores e funcionários das instituições de ensino que passariam a receber esses alunos, entre outros profissionais. Cabe destacar, porém, que os planos atuais de reabertura das instituições de ensino não envolvem o retorno de todos os estudantes para as escolas e universidades ao mesmo tempo, priorizando a retomada gradual e um modelo híbrido entre o ensino presencial e o remoto.
Critérios de classificação
É verdade
A informação está correta e corresponde a dados e estatísticas oficiais.
Não é bem assim
Apenas parte da sentença está correta.
Não procede
O interlocutor está equivocado na informação que afirma.
Regras da de checagem
- Se a variação for de até 10%, para mais ou para menos, a informação é classificada como "É verdade"
- Se a variação for acima de 10% e até 30%, para mais ou para menos, a informação é classificada como "Não é bem assim"
- Se a variação superar 30%, para mais ou para menos, a informação é classificada como "Não procede"
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