O número de candidatos a uma vaga em prefeituras e Câmaras de Vereadores no Rio Grande do Sul aumentou 14,5% neste ano em comparação com a eleição passada.
A quantidade de nomes apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a tarde de sábado (26), quando se encerrou o prazo para registro de candidaturas, chegou a 33.032. Dentro desse universo de pretendentes, houve pequenos avanços na proporção de mulheres e negros desde 2016 — mas ainda são minoria com uma larga diferença em relação a homens e brancos.
Os dados do TSE indicam que 66% dos concorrentes a uma das 5,2 mil vagas de prefeito, vice-prefeito ou vereador em disputa são do sexo masculino, contra cerca de um terço de mulheres. Comparadas à eleição de quatro anos atrás, elas avançaram dois pontos percentuais na busca por maior representatividade política.
Quando se analisa o perfil dos pretendentes por etnia, a situação é semelhante. O percentual de autodeclarados pretos ou pardos subiu de 9,4% na corrida anterior para 11,9% — mas ainda bem abaixo da fração que os negros representam na população do Rio Grande do Sul, onde somam perto de um quinto, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É uma situação bastante diferente do cenário nacional, onde a maior parcela dos candidatos se autodeclarou negra em busca de um mandato nos municípios. Conforme os registros do tribunal eleitoral atualizados até o final da tarde deste domingo (27), há 49,9% concorrentes pretos ou pardos, contra 47,8% de brancos no Brasil.
Em relação a outras características, os maiores percentuais de quem busca uma cadeira em prefeituras ou Câmaras Municipais no Estado são agricultores (10,9%) e têm até o Ensino Médio completo (33%). A proporção de concorrentes com Ensino Superior completo subiu levemente de 21% na eleição anterior para 24,6% agora.