Não conseguindo se eleger para uma vaga do Senado por São Paulo, o vereador da capital paulista Eduardo Suplicy (PT) atribui a derrota nesta eleição a uma "ventania conservadora", mas disse que está disposto a "dar a volta por cima".
— Nos Estados do Sudeste e do Sul, (houve) uma ventania conservadora muito forte que dificultou o avanço dos segmentos mais progressistas — afirmou Suplicy, na noite de domingo (7).
Após liderar as pesquisas desde o início da campanha, Suplicy ficou apenas em terceiro, com 4,5 milhões de votos (13,3%). Essa foi a segunda derrota consecutiva do petista, que não conseguiu se reeleger em 2014, quando José Serra venceu a disputa com 58% dos votos, após ter ficado 24 anos - três mandatos consecutivos - no Senado.
— Eu já perdi eleições e depois o povo ajudou a dar a volta por cima. E podem aguardar uma perceptiva muito otimista, pela minha própria experiência — reforçou o petista.
Eleitos por São Paulo
Surfando na onda antipetista que só cresceu em São Paulo desde 2014, os deputados federais Major Olímpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB) conquistaram as duas vagas paulistas. Aliado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Olímpio obteve 8,8 milhões de votos (25,8%), a quinta maior votação de um senador da história, enquanto a tucana registrou 6,4 milhões de votos (18,6%).
O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB) obteve 9% dos votos válidos, seguido por Maurren Maggi (PSB), com 8,5%, e Mário Covas Neto (Podemos) e Jilmar Tatto (PT), ambos com 6% cada.