O candidato à vice-presidência da República pelo MDB, Germano Rigotto votou por volta das 9h no Colégio Madre Imilda, em Caxias do Sul. Ele estava acompanhado da mulher, Claudia, e de colegas de partido.
Perguntado sobre a expectativa com o resultado da eleição considerando que o candidato à presidência da chapa, Henrique Meirelles, ficou para trás nas pesquisas, ele disse que "sempre podem haver surpresas no processo eleitoral". Rigotto também criticou a legislação eleitoral e a forma como se deu a campanha.
— A lei foi feita para reeleger os atuais detentores de mandato (...). É uma eleição que mostra a falência do sistema partidário. É preciso mudar a legislação para permitir debate de propostas e não abrir espaço para raiva — disparou.
Rigotto disse que os partidos viraram um "saco de incoerências" e defendeu uma reforma política que diminua o número de partidos. Ele reclamou de falta de espaço para debater ideias na mídia e criticou o critério de utilizar a pesquisa eleitoral para definir quais candidatos serão entrevistados.
Rigotto também pediu que haja paz no processo eleitoral e que ele transcorra sem radicalismos.
— Compreendo o momento de indignação, mas ela pode acabar não permitindo que se debata os problemas do país com profundidade.
O candidato à vice presidência pelo MDB evitou falar de possível apoio a algum candidato em eventual segundo turno. Ele disse que deve ser aguardado o fim do primeiro turno e criticou o “voto útil”, dizendo que o momento de dá-lo é no segundo turno.
— Primeiro, você dá o voto em quem acredita que tenha as melhores propostas — disse.
Rigotto defendeu que Meirelles é o candidato mais preparado por conta da bagagem dele, embora tenha reconhecido que algumas vezes ele não consiga comunicar bem o que irá fazer.
Germano Rigotto segue para Porto Alegre ainda nesta manhã, onde irá atender veículos de imprensa e deve voltar a Caxias do Sul para acompanhar a apuração.