Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente da República na coligação O Povo Feliz de Novo, e o Partido dos Trabalhadores (PT), que encabeça a chapa com Fernando Haddad, entraram com dois pedidos de liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na manhã desta segunda-feira (21). Um pede mais segurança para a deputada estadual em razão de informações divulgadas por apoiadores de Jair Bolsonaro na internet ligando a gaúcha ao agressor Adelio Bispo de Oliveira, autor da facada no candidato à Presidência pelo PSL, em 6 de setembro. O outro exige direito de resposta pela veiculação de informações inverídicas que podem colocar a própria segurança de Manuela em risco.
De acordo com o documento que solicita medidas protetivas para a concorrente, o objetivo é alertar as autoridades para que algo seja feita com relação à segurança da candidata: "Oficie-se a Direção Geral da Polícia Federal para que tome ciência dos fatos narrados e adote as providências que julgar cabíveis, inclusive reforçando a segurança da candidata Manuela D’Ávila, se for o caso". Em outro trecho, a petição justifica que "tornou-se viral a imputação de conduta delituosa à Manuela D’Ávila, motivo pelo qual a Coligação e a própria candidata agora temem pelo que pode ocorrer em seus próximos atos de campanha". O mesmo requerimento ainda comunica à Procuradoria Geral da República (PGR) dos fatos.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, a instituição ainda não foi comunicada oficialmente sobre pedido de segurança, houve apenas uma consulta sobre a possibilidade de guarnecer Manuela. A PF também esclarece que, em princípio, o serviço de proteção é apenas para candidatos a presidente, mas alguns casos podem ser analisados.
Já a outra representação, além de pedir direito de resposta para as postagens classificadas como fake news pelos representantes de Manuela, cobra a identificação dos responsáveis pela página "Partido Bolsonaro" e a retirada do conteúdo imediatamente.
"Não pode a página representada empregar com tamanha irresponsabilidade a popularidade que possui nas redes sociais para circulação de afirmações infundadas, injuriosas e difamatórias que visam, única e exclusivamente, manipular a opinião pública por meio de ilações vazias", destaca trecho do documento.