Um dia após ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) a quatro anos e seis meses de prisão por formação de quadrilha, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PRP), que concorre novamente ao Executivo estadual, realizou ato de campanha para reafirmar que continua como candidato. Por ter sido condenado por um órgão colegiado, ele pode ser considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa.
Garotinho reuniu líderes de partidos que formam sua coligação (que conta ainda com o PMB, PTC, Patriota e PRB) na sede do PRB, em Benfica, na zona norte do Rio. Após o encontro, ele disse mais uma vez que irá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar derrubar a decisão do TRF2.
— A decisão tem pelo menos 15 nulidades já detectadas pelos meus advogados. Nós vamos recorrer, e temos absoluta convicção de que, na Justiça apropriada, nós vamos reverter o caso — disse Garotinho.
— Continuo candidato (...) Até porque seria um absurdo, eu que quero tirar essa facção criminosa que está no poder, comandada pelo PMDB, chegar agora e desistir.
Na avaliação de seus advogados, Garotinho não está inelegível porque o pedido de impugnação da candidatura deveria ter sido feito, no máximo, cinco dias após o registro - o que já ocorreu. Desse modo, acrescentam eles, o ex-governador estaria inelegível apenas para eleições futuras.