Premidos entre a crise financeira do Estado e a demanda da população por mais segurança, os candidatos a governador prometem prioridade à área, mas evitam se comprometer com projeções que possam ser cobradas no futuro.
GaúchaZH fez três perguntas sobre o tema a sete concorrentes ao Palácio do Piratini. A reportagem tentou contato com Paulo Medeiros (PCO), mas não obteve retorno.
Confira as respostas de Mateus Bandeira (Novo)
1) Em meio à crise econômica, o que o senhor fará para reduzir o déficit de milhares de servidores na Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP? Quantos pretende chamar no seu governo para cada uma das corporações e como pagá-los?
Os efetivos das corporações de segurança são os menores da história. Temos um déficit brutal. Diante da atual situação financeira, não é possível estimar quando serão feitas novas contratações, mas obviamente faremos isso no limite da capacidade de recrutamento e treinamento de cada corporação. Uma das primeiras medidas será um decreto garantindo calendário de reposição de 1,1 mil brigadianos todo ano. Também agiremos no sentido de frear o ritmo acelerado de aposentadorias na Brigada Militar. Enquanto não se muda a Constituição e não existe idade mínima para aposentadoria na segurança pública, a gente precisa criar incentivo para que permaneçam mais tempo em atividade.
2) Em quanto tempo o senhor conseguirá reduzir o déficit de 12 mil vagas em prisões do Estado? Quantas casas prisionais serão construídas na sua gestão?
Nossa proposta concreta para o setor prisional envolve a construção de presídios com recursos federais do fundo penitenciário e parcerias público-privadas. Vamos construir seis novos presídios. Um deles, no mínimo, com regime de segurança máxima, de modo a separar os presos comuns daqueles vinculados a facções, impedindo que o Estado se torne, como é hoje, uma fonte de recrutamento para estes grupos criminosos organizados.
3) Outros locais do Brasil adotam a política de premiar policiais por resultados, como número de prisões e apreensões de armas e drogas. O senhor é favorável, pretende instituir ação semelhante? Há uma alternativa?
Sou favorável a um sistema de bonificação por resultado, comum para Brigada Militar e Polícia Civil, estruturado em metas de longo prazo, com desdobramentos trimestrais. Sempre com base nos principais indicadores de criminalidade e divulgados publicamente para serem acompanhados pela sociedade, nos moldes do projeto São Paulo Contra o Crime, estruturado pela Falconi (consultoria de gestão, da qual o candidato foi presidente).