A ex-presidente e candidata ao Senado em Minas Gerais Dilma Rousseff (PT) afirmou no Twitter que irá processar o pastor Silas Malafaia por declaração dada nesta sexta-feira (7) em relação ao ataque contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). O religioso escreveu na rede social que o "criminoso q tentou matar Bolsonaro, é militante do PT e assessora a campanha de Dilma ao Senado em Minas". Adelio Bispo de Oliveira, entretanto, não tem qualquer relação com o partido.
Em outra postagem, disse que "tem mais gente envolvida nesse crime contra Bolsonaro" e que "a verdade virá à tona". Com a repercussão do primeiro texto, o pastor questionou se a "petralhada e os esquerdopatas estão nervosos" e sugeriu que tomassem "um Rivotril q acalma".
Logo depois, a assessoria de imprensa da petista se manifestou no perfil oficial da ex-presidente e candidata ao Senado assegurando que a "campanha de Dilma Rousseff está entrando com processo por injúria, calúnia e difamação contra o senhor Malafaia".
O agressor do candidato do PSL à presidência da República foi indiciado pela Polícia Federal com base na Lei de Segurança Nacional, que prevê penas para crimes por motivação política.
Em seu artigo 20, a Lei 7.170, que define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, inclui os crimes pela "prática de atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas". A pena para esse tipo de crime é de reclusão de três a 10 anos, podendo ser aumentada em até o dobro, se o fato resultar em lesão corporal grave; e até o triplo se resultar em morte.