Aturdidos pelo atentado, aliados de Jair Bolsonaro (PSL) reuniram-se em São Paulo para acompanhar o estado de saúde do candidato e discutir os rumos da campanha. A recuperação do militar reformado deve deixá-lo longe de eventos públicos até o 1º turno das eleições.
Em vídeo no Facebook, Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável, afirmou que o pai não deve voltar a fazer campanha nas ruas. "Ele está numa situação delicada e com dificuldade de falar. Mas podem ter certeza de uma coisa: está lá se recuperando, provavelmente não consegue mais ir para as ruas nessa campanha. Não pode ir às ruas, mas nós podemos", declarou na transmissão de 16 minutos, a qual encerrou chorando.
Coordenador de campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegou no fim da manhã desta sexta-feira (7) ao Albert Einstein, hospital onde está internado o candidato, vindo do Rio de Janeiro. Para o deputado, o fim de semana será para "orar e vigiar".
— Não estamos falando (sobre estratégias) neste momento. Trata-se de manter a vida dele e recuperá-lo. Depois, quem irá fazer a campanha seremos nós — avisa Onyx.
Consciente, Bolsonaro está sob acesso restrito. Somente familiares podem visitá-lo na UTI. Interlocutores do pai, os filhos devem participar de reunião com o núcleo da candidatura entre domingo (9) e segunda-feira (10). O dia do encontro para discutir a campanha dependia na sexta-feira da clareza de que ele está "100% fora de perigo".
Além dos filhos, o candidato a vice na chapa, Hamilton Mourão (PRTB) também deve assumir compromissos. O militar pretende ir a Brasília no início da semana para se encontrar com a cúpula da candidatura e "estabelecer prioridades".
— Não tem nada fechado — afirmou o general ao O Globo.