A confirmação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como o substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa do PT põe fim à "enganação" que o partido vem fazendo há meses, afirmou nesta terça-feira, 11, o candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin.
— Parou a enganação. É inacreditável o que o PT fez, esse tempo todo sabendo que o Lula não ia ser candidato, ficou com essa enganação com dois objetivos: primeiro, vitimização; segundo proteger o Haddad, porque quando vira candidato, fica sujeito à transparência absoluta.
Questionado sobre se Haddad é um candidato difícil a ser batido, o tucano disse que não existe adversário difícil ou fácil.
— O que tem que fazer, que faço cotidianamente, é dialogar com a sociedade. Esta é uma campanha fria, de grande desencanto. E, portanto, o interesse é crescente daqui para a frente.
Repetindo um comentário que fez mais cedo, durante uma sabatina na capital, Alckmin afirmou ainda que Ciro Gomes (PDT), assim como Haddad, Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), faz parte dos "adoradores de Lula". "Todo mundo foi do time de Lula", disse sobre os presidenciáveis, todos ex-ministros do líder petista.
O tucano fez ainda uma ligação entre Jair Bolsonaro (PSL) e o governo petista.
— Temos, de outro lado, candidatos que sempre votaram com Lula, caso do Bolsonaro. Então, se pegarmos os votos dele, vamos ver toda aquela coisa corporativa, atrasada, contra a quebra do monopólio do petróleo, o cadastro corporativo — enumerou.
Os comentários foram feitos nesta tarde durante a entrega do relatório Novas Medidas Contra a Corrupção, um compilado de 70 propostas elaborada pela Unidos contra a Corrupção, grupo que reúne a Transparência Internacional e outras entidades. Além do tucano, receberam o relatório os candidato Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).
Sobre a prisão de seu aliado, o ex-governador do Paraná, Beto Richa, Alckmin disse apenas que ele vai prestar contas à sociedade e que a Justiça vai ser feita.