O general reformado do Exército Antonio Hamilton Mourão confirmou a GaúchaZH que aceitou convite para ser candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL).
O nome já foi anunciado por Bolsonaro na manhã deste domingo (05) durante convenção do PSL estadual no Clube Guapira, na Zona Norte de São Paulo.
O general, que é gaúcho de Porto Alegre, é filiado ao PRTB. Com isso, Bolsonaro, que é capitão militar do Exército, formará uma chapa que ele próprio define como puro-sangue (militar com militar).
Mourão foi comandante Militar do Sul, a maior concentração de militares do país, que chefia o Exército nos três Estados do Sul e responde por um quarto das tropas terrestres nacionais. Foi transferido do cargo para uma posição burocrática em Brasília até se reformar, no início deste ano, por conta de posições polêmicas.
Entre elas, críticas ao governo Dilma Rousseff, quando ela era presidente da República, e por ter tolerado uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra – acusado de torturas durante a ditadura militar – logo após a morte desse oficial do Exército.
Apesar dessas posições no passado, Mourão não é considerado, entre seus pares, um extremista. Tanto que, dias atrás, criticou "a boçalidade de alguns apoiadores do Bolsonaro", falando que a candidatura do capitão não pode repetir radicalismos que condena em outros partidos, como o PT.
Instigado a comentar sobre essa crítica e também questionado sobre a falta de partidos na aliança que apoia Bolsonaro (apenas dois formalizados, até agora), Mourão prefere deixar as falas para depois de confirmar sua candidatura. A GaúchaZH, ele fez um comentário sucinto:
— Quero deixar claro minha honra em participar desse projeto.
Mourão é o terceiro gaúcho a ser formalizado como candidato a vice-presidente nessas eleições. Os outros são Ana Amélia Lemos (do PP, na chapa de Geraldo Alckmin, do PSDB) e Germano Rigotto (do MDB, na chama do também emedebista Henrique Meirelles).