O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, na sexta-feira (15), em Fortaleza, que o seu partido tem "toda a condição de ter um bom candidato a presidente da República" nas eleições de 2018. Ele agradeceu a lembrança de seu nome feita por aliados, mas descartou entrar na disputa.
— Agradeço muito a lembrança dos meus aliados, mas eu já disse a todos que eu sou candidato a deputado federal. Tenho ajudado o Brasil e o meu Estado como presidente da Câmara. Se eu conseguir renovar meu mandato de deputado, eu continuarei ajudando o Brasil nas grandes reformas e também o meu Estado — afirmou Maia, após participar de uma cerimônia no Palácio da Abolição, sede do governo cearense.
De acordo com ele, o partido precisa se organizar internamente. Após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar denúncia contra o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), e torná-lo réu na Operação Lava-Jato, a sigla adiou a convenção nacional da sigla que estava marcada para quinta-feira (14). O encontro, agora, será em fevereiro.
Questionado se haveria tempo para se construir essa candidatura ao Planalto, uma vez que outros partidos já largaram na frente apresentando seus pré-candidatos, Maia respondeu que sim.
— Acho que a sociedade só vai começar a olhar eleição lá pelo mês de abril — disse.
Além do evento no Palácio, onde acompanhou, ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho, liberação de verbas para o Ceará, Maia também foi à Assembleia Legislativa, para participar da filiação do deputado federal Danilo Forte ao DEM. Uma faixa com "Rodrigo Maia Presidente - coragem para mudar o Brasil" foi estendida no fundo do auditório.
Os oradores disseram que o partido precisa passar de "coadjuvante" a "protagonista" nas eleições presidenciais.
— Temos nomes que têm capacidade para exercer esse protagonismo — disse o deputado Efraim Júnior, citando Maia, o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o líder no Senado, Ronaldo Caiado (GO).