Toalhas de Lula ou Bolsonaro, bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul e camisetas dos candidatos à presidência do Brasil estão espalhadas em diversos pontos de Caxias do Sul. Desde antes do início da campanha no primeiro turno, ambulantes apostaram nos produtos eleitorais, optando por locais de grande movimentação de veículos ou pedestres. Geralmente, estes trabalhadores comercializam produtos de times de futebol e, nessas eleições, o sentimento é de vender para um "eleitor torcedor". Dessa forma, de vendas em vendas, eles participam de uma forma diferente da festa da democracia, que terá o encerramento no domingo (30), dia da votação do segundo turno.
Na área central, na tarde desta sexta-feira (28), os ambulantes relataram que as vendas estavam melhores que no primeiro turno. Três deles, que conversaram com a reportagem, apostam, principalmente, em bandeiras do Brasil.
De acordo com os ambulantes, é o produto mais procurado no município — e como eles contam, em casos muito raros é para a Copa do Mundo, que logo está aí. A moda do segundo turno, inclusive, é uma bandeira feita especialmente para o capô dos veículos.
— É só por eleições — afirmou um deles, que preferiu não se identificar.
Na Avenida Perimetral Bruno Segalla, o catarinense Paulo Sérgio Amaral, 47 anos, que está em Caxias desde 1996, expõe toalhas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ambulante era um dos poucos que exibia produtos dos dois candidatos. Amaral conta que a visão dos consumidores é basicamente como a de torcedores de futebol.
— Tinha o pensamento de ter dos dois lados. É a mesma coisa que ter a camisa do Grêmio e não ter a do Inter, né? — conta Amaral.
O vendedor chega a ouvir cobranças quando falta material de um dos lados. Desde 2017 no mesmo ponto, quando inicialmente vendia rapaduras e água, Amaral descreve que a experiência é “boa”, sempre interagindo com eleitores de Lula e Bolsonaro. A maior dificuldade, para ele, é o clima.
— É um pouco sofrida, mas é boa (a experiência). Não é fácil ficar nesta torreira de sol ou no frio do inverno — ri o ambulante.
No caso de Amaral, o período do primeiro turno teve mais vendas que o segundo. Mas, o material de eleição, conforme o vendedor, segue com mais saída do que os produtos de futebol.