Além da criação da Secretaria de Parcerias Estratégicas, outra novidade anunciada na posse de Adiló Didomenico em Caxias do Sul foi o retorno do ex-prefeito Mansueto de Castro Serafini Filho ao Executivo. Comandante da prefeitura de 1977 a 1983 e de 1989 a 1992, ele vai presidir o Conselho de Governança, órgão ligado ao gabinete do prefeito.
— Ele vai cumprir esse papel ligado a nós, sem interferir nas secretarias, mas sendo uma espécie de conselheiro, nos ajudando justamente com a sua experiência e com as suas ideias projetar Caxias para o futuro — anunciou Adiló.
Outra atribuição de Mansueto estará relacionada à licitação do transporte coletivo, apontada por Adiló como prioridade imediata do mandato.
— Nós pretendemos que ele vá fazer visitas às grandes empresa para que eles se interessem pela licitação de Caxias, que venham participar, vendendo justamente a imagem de uma cidade que tem viabilidade, que tem projeto.
Adiló afirmou que tinha a expectativa de que o governo Cassina publicasse o edital a tempo, o que não foi possível porque ainda é preciso submetê-lo ao Tribunal de Contas. Em relação ao preço da tarifa do transporte coletivo, afirmou que a administração "vai trabalhar com todo empenho para transformar em R$ 3,50". Atualmente o valor da passagem está em R$ 4,65.
— Talvez não no primeiro momento, mas vamos trabalhar tomando decisões, negociando com a comunidade e também com a Câmara de Vereadores, porque se o transporte coletivo não tiver um preço competitivo, ele não vai se desenvolver. Ele está em franca decadência.
Presidência da Codeca indefinida
Roneide Dornelles, que havia sido anunciado como diretor-presidente da Codeca, tomou posse como Secretário de Finanças. Segundo Adiló, o conselho da companhia fez um alerta de que ele não poderia assumir o cargo na empresa mista devido ao envolvimento na campanha eleitoral.
— Havia passado batido por todos nós, que é a questão dele ter trabalhado na coordenação da campanha. Nós sabíamos que era vedado dirigente partidário, mas escapou. E há entendimento que isso pode ser desconsiderado. Mas nós não queremos correr o risco e nós temos que dar exemplo de cumprir a legislação. Em interpretação controversa, nós preferimos não correr o risco.
Enquanto o novo nome não é confirmado, Nestor Basso continua no cargo. O chefe de gabinete, Cristiano Becker, e secretário de Segurança, Paulo Roberto Rosa, também não foram empossados porque aguardam a publicação das aposentadorias no Diário Oficial do Estado, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, respectivamente.