Nove dos 11 candidatos à prefeitura de Caxias do Sul não chegaram ao segundo turno, que terá Pepe Vargas (PT) e Adiló Didomenico (PSDB) na votação do dia 29. Todos afirmaram que reconhecem o resultado e revelaram suas avaliações acerca do pleito. O candidato Edson Néspolo (PDT) emitiu nota oficial, enquanto que Antonio Feldmann (Podemos) preferiu não atender a reportagem neste domingo (15). Definições de possíveis apoios ocorre, a partir de segunda-feira (16).
Leia a seguir, a avaliação dos candidatos:
Carlos Búrigo (MDB)
"Quero lamentar o número alto de abstenções que tivemos, porque isso distorce o resultado da eleição. Fizemos o nosso papel, com uma campanha propositiva, olhando para o futuro de Caxias do Sul. Quero agradecer a todos que votaram em mim, acreditaram em nossas propostas, assim como nossos militantes. Respeitamos o resultado das urnas e queremos que Caxias realmente tenha uma administração que possa colocar nossa cidade onde ela merece. Vamos fazer uma análise com os partidos da nossa coligação e, só depois disso, vamos definir o nosso apoio para o segundo turno".
Nota Oficial de Edson Néspolo e Edson da Rosa (Coligação Avança Caxias Vibrante, PDT, PP, PV e Rede)
"Nossa primeira palavra é de agradecimento a todos os caxienses que confiaram o seu voto no nosso projeto para governar Caxias do Sul, bem como aos nossos partidos e à militância. Como é de nossa natureza democrática, fizemos uma campanha propositiva e transparente, sem ataques pessoais ou desconstrução dos adversários. Saímos desse processo com a certeza de ter contribuído para o engrandecimento de Caxias do Sul, que está acima de qualquer questão, e para a vitória da democracia. Respeitamos o resultado registrado nas urnas nesse primeiro turno, desejando sucesso aos dois candidatos que seguem na disputa".
Júlio Freitas (Republicanos)
"Primeiro, nós respeitamos o resultado das urnas. Entendemos que a população de Caxias do Sul optou pelo tipo de governo que ela quer para os próximos quatro anos. Ou será um governo da esquerda, ou um que já esteve na administração de Caxias. Nós entendemos que o eleitor é soberano e ninguém é dono da vontade popular, ninguém coloca um brete e diz em que ele deve votar. O eleitor tem de fazer as suas escolhas e, nós, como partido, não vamos apoiar ninguém. Porque vamos manter a coerência apresentada na campanha de que tínhamos a melhor proposta para a cidade. Não podemos apoiar um projeto de esquerda ou do qual fazem parte as velhas raposas da política caxiense".
Marcelo Slaviero (Novo)
"O Novo saiu gigante por tudo que enfrentou. Nós somos um partido que fundou o seu diretório em janeiro desse ano e que finca a bandeira do Novo em Caxias. do Sul Tivemos quase 10% dos votos para prefeito e elegemos dois vereadores, sendo que o Mauricio Marcon é o mais votado. Defendemos pautas impopulares, mas necessárias. Sempre dissemos que íamos falar de verdades duras e, não, de mentiras simpáticas. Vamos fazer uma avaliação interna com os afiliados, no diretório municipal, mas nossa premissa é a de não apoiar partidos que usem recursos públicos. E, o certo, é que o Novo não vota no PT".
Nelson D'Arrigo (Patriota)
"A campanha foi muito curta. Se a gente tivesse trabalhado mais nos bairros, talvez tivéssemos um resultado melhor. Por causa da covid-19 só começamos a trabalhar em agosto. Com relação ao apoio, se o Adiló quiser conversar estamos abertos, porque em termos de plano de governo podemos colaborar. Pessoalmente, sou anti-petista, por tudo o que eles fizeram contra o nosso país. E acredito que os 10 mil eleitores que tivemos não votam no PT".
Renato Nunes (PL)
"Minha avaliação é a melhor possível! Na minha opinião, quem vai para uma "guerra" e luta até o fim nunca será um perdedor ou derrotado. Perdedor e derrotado é aquele que só reclama, joga a culpa nos outros, mas não tem a coragem de se colocar à disposição de sua cidade. Agradeço e louvo a Deus da mesma forma. Não alcancei meu principal objetivo que era ir para um segundo turno, mas creio que de, certa forma, colaborei no processo de escolha dos cidadãos falando sobre alguns candidatos que graças a Deus não foram para o segundo turno. Nem tudo está perdido, pelo menos tenho uma opção de voto e apoio".
Renato Toigo (PSL)
"Fizemos uma campanha bonita, de acordo com as armas que tínhamos, porém, não fomos aceitos pela sociedade com as nossas propostas. Não tínhamos grandes expectativas, consequentemente não estamos com grandes frustrações. Ainda não temos definição para o segundo turno, vamos nos reunir com os candidatos a vereador para definir, mas com certeza devemos tomar uma posição por uma candidatura de direita".
Vinicius Ribeiro (Democratas)
"Avaliamos de forma muito positiva. Saíamos dessa campanha maior do que entramos. Fomos propositivos e mostramos projetos alternativos para Caxias do Sul. Fizemos uma campanha simples e optamos pelo caminho da verdade. Optamos por dizer à comunidade o que poderia de fato ser feito. Nosso legado é esse. Sobre o apoio no segundo turno, o assunto será comandado pelo Milton Corlatti (presidente do DEM) e o Kiko Girardi (presidente do PSD) a partir de segunda-feira (16)".