
O plenário da Câmara de Vereadores de Caxias lotou na manhã de sexta-feira (20) logo que iniciou a sessão de julgamento do impeachment do prefeito Daniel Guerra (Republicanos). Na sexta-feira, o clima foi de tensão no início da manhã, com a plateia se trocando provocações a todo o momento. Os advogados do prefeito chegaram por volta das 8h55min. A procuradora do município, que é responsável pela defesa de Guerra, Cássia Kuhn, afirma que o tempo para a defesa vai depender do transcorrer da sessão.
Confira a sessão ao vivo:
Logo no início, o vereador Edson da Rosa (MDB) leu o rito e as regras da sessão de julgamento para o público. Houve a sugestão de que o parecer não fosse lido integralmente, mas a defesa do chefe do Executivo solicitou a leitura integral do parecer, incluindo todas as peças, porque o vereador Adriano Bressan (MDB) foi empossado no início da sessão extraordinária desta sexta. Ele assume no lugar da vereadora Gládis Frizzo (MDB), que solicitou licença devido a morte do esposo dela, Gelson Frizzo, 58 anos.
A defesa solicitou leitura de capa a capa. O vereador Bressan afirmou que era desnecessário, porque conhece o processo e dispensa a leitura, mas os vereadores optaram por ler todo o parecer. São oito volumes, com 3.969 páginas.
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Às 8h de sábado, Câmara ultrapassou as mil páginas na leitura do processo
Na manhã deste sábado (21), a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul ultrapassou a leitura de mil páginas do processo de impeachment contra o prefeito Daniel Guerra (Republicanos). Por volta das 7h15min, a advogada de defesa do chefe do Executivo, Cássia Kuhn, permitiu a dispensa de mais de 350 páginas, o que permitiu o avanço considerável no tempo da sessão.
Apesar de passar dos quatro dígitos, o documento contém total de 3.969 páginas. A estimativa inicial de que a leitura levasse até oito dias para ser concluída. A projeção, entretanto, reduziu drasticamente diante da perspectiva de dispensa de maior volume de páginas.
Durante a madrugada de sexta para sábado, a movimentação no Legislativo foi de rotatividade. Tanto servidores quanto vereadores revezaram a participação no plenário. Cerca 10 pessoas permaneceram ao longo da noite na plateia, alguns segundo faixas de manifestação contra o impeachment. A exigência da leitura do processo na íntegra por parte da defesa do prefeito é deduzida como estratégia para ganhar tempo em busca de possível suspensão da sessão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao qual foi ingressado pedido de liminar.

Veja os passos da votação:
1. Presidente da Câmara abre a sessão.
2. Primeiro secretário da Mesa Diretora faz a leitura da pauta com o teor da denúncia.
3. Presidente da Câmara solicita aos vereadores e à defesa do prefeito quais as partes do processo que serão lidas.
4. Se não houver manifestação, presidente determina a leitura do parecer final da Comissão Processante.
5. Cada vereador tem até 15 minutos para manifestação.
6. Defesa terá um tempo de até duas horas para se manifestar.
7. Presidente da Câmara inicia processo de votação separada de cada um dos itens da denúncia.
8. Votação será nominal e em ordem alfabética. O voto "sim" é pela procedência do parecer e o voto "não" é pela improcedência.
9. Presidente declara o resultado da votação para cada item da denúncia.
10. Se o impeachment não for aprovado, o presidente determina o arquivamento do processo.
11. Em caso de condenação, presidente expede decreto legislativo de cassação do mandato do prefeito.
12. Em qualquer um dos casos, o presidente da Câmara comunica a Justiça Eleitoral.