Durante a 55ª Cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves, chanceleres e presidentes do Uruguai e da Argentina divergiram sobre a validade da presidência autoproclamada na Bolívia.
Na quarta-feira (4), o assunto surgiu em discussão quando o ministro de Relações Exteriores argentino, Jorge Faurie, contestou os quase 17 anos de poder de Evo Morales. Logo depois, o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, criticou a situação vivida na Bolívia após a renúncia de Morales, com a consequente autoproclamação de Jeanine Áñez como presidente. Na manifestação, Novoa fez uma crítica indireta ao Brasil, quando avaliou de maneira crítica países países que reconheceram a legitimidade de governos instituídos "por razões ideológicas".
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Na reunião dos presidentes nesta quinta-feira (5), os posicionamentos dos dois países se reitereram. Enquanto Mauricio Macri, presidente argentino, ressaltou que as eleições podem trazer a estabilidade ao país e defendeu a “valorização da responsabilidade” de Jeanine Áñez em assumir a presidência interina, a vice-presidente do Uruguai, Lúcia Topolansky, classificou a presidência como "golpe de Estado".
Quando questionado sobre o assunto, o ministro brasileiro, Ernesto Araújo limitou-se a dizer que espera que todas as opiniões sejam respeitadas. Já Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o tema. No entanto, em áudio vazado divulgado pela imprensa, Bolsonaro comentou durante a cúpula: "Para continuar a ser presidente, não dá para dar um golpe não?" e completou: "Tudo quando eles perdem, eles dizem que é golpe. Impressionante" ao se referir, implicitamente ao governo de Evo Morales.
Indicativos da anuência da cúpula à presidente autoproclamada foi a presença da ministra de Relações Exteriores do país, Karen Longaric Rodriguez, como representação de estado associado. Em pronunciamento, a chanceler defendeu a presidência autoproclamada e disse estar honrada em “participar em representação” de Jeanine Áñez.
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