Paralelamente à confirmação de que a defesa do Grupo Voges ingressará com recurso contra a decisão que decretou a falência da empresa de Caxias do Sul, transcorre o processo de inventário dos bens das unidades fabris. O responsável por articular a relação de bens, além dos encaminhamentos trabalhistas, é o administrador judicial Nelson Sperotto, que assumiu a direção do Grupo Voges após afastamento do empresário Osvaldo Voges no dia 16 de julho.
Como parte do planejamento, Sperotto informa que a prioridade de desocupação será a unidade onde funcionava a Metalcorte Fundição, em parte do complexo da antiga estrutura da Metalúrgica Abramo Eberle S.A. (Maesa). Ainda assim, ele afirma que em razão de todas as providências burocráticas e tamanho da estrutura, pretende solicitar prorrogação do prazo de saída do prédio à prefeitura.
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— Em decorrência da quebra, vou tentar (permanecer) uns meses a mais. Não para manter a atividade, mas para poder arrecadar, avaliar e iniciar os leilões. É gigantesca (a estrutura da fundição), é inviável remover isso aí.
Ele diz não saber estimar quanto tempo seria necessário para a desocupação.
— Acredito que até final do ano, mas isso é uma estimativa minha. Como não há mais resistência em desocupar, a gente espera bom senso para que a prefeitura conceda mais prazo e assim o juiz, não é nem mais o empresário, é o juiz, possa desocupar a área — complementa.
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