Foi rejeitado por maioria o pedido de impeachment do prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra (PRB). Dezesseis vereadores votaram pelo não acolhimento da denúncia; seis votaram pela admissibilidade.
A votação começou minutos antes das 16h, logo após o término da leitura do documento. Apenas quatro vereadores se manifestaram: Gládis Frizzo (MDB) e Alceu Thomé (PTB) pelo acolhimento e Elisandro Fiuza (PRB) e Paula Ioris (PSDB) pelo não.
Gládis defendeu o voto "sim" por acreditar que qualquer tipo de denúncia deve ser acolhida pela Câmara para ser analisada com profundidade.
— Clamo que o senhor prefeito desça do pedestal e use as sandálias da humildade — acrescentou Thomé.
Paula Ioris (PSDB), que mantinha segredo sobre sua posição, usou o tempo de dois minutos a que tinha direito para se colocar contra o pedido. E resumiu o sentimento que alguns parlamentares manifestaram nos bastidores: de que a denúncia de Fabris era fruto de um conflito entre ele e o prefeito _ Fabris e Guerra estavam rompidos desde o início do governo.
— Estamos aqui analisando o quinto pedido de impeachment, porque a chapa que se elegeu em nossa cidade não se uniu por propósitos comuns — discursou Paula.
Elisandro Fiuza (PRB) fez seu papel de líder do governo e defendeu a permanência de Guerra na prefeitura. Destacou que o Legislativo tem a responsabilidade de não cometer uma injustiça por conta de "ranços pessoais ou ideologia política".
— Quem coloca no cargo público é o povo e quem tira é o povo — finalizou.
A rejeição ao pedido de impeachment não significa que o prefeito Daniel Guerra terá sossego. Antes mesmo do fim da votação, vereadores já comentavam a possibilidade de abertura de uma CPI da Saúde, para investigar os pontos indicados na própria denúncia de Fabris, como a atuação do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), entidade que administra a UPA Zona Norte
Veja como votaram os vereadores:
Não
Alberto Meneguzzi (PSB)
Adiló Didomenico (PTB)
Edi Carlos (PSB)
Arlindo Bandeira (PP)
Denise Pessôa (PT)
Edson da Rosa (MDB)
Elisandro Fiuza (PRB)
Gustavo Toigo (PDT)
Kiko Girardi (PSD)
Renato Oliveira (PCdoB)
Ricardo Daneluz (PDT)
Rodrigo Beltrão (PT)
Tatiane Frizzo (SD)
Tibiriçá Maineiri (PRB)
Velocino Uez (PDT)
Paula Ioris (PSDB)
Sim
Alceu Thomé (PTB)
Elói Frizzo (PSB)
Felipe Gremelmaier (MDB)
Gládis Frizzo (MDB)
Paulo Périco (MDB)
Rafael Bueno (PDT)