O vice-prefeito de Caxias do Sul, Ricardo Fabris (Avante), protocolou na Câmara de Vereadores, na manhã desta segunda-feira, um novo pedido de impeachment contra o prefeito Daniel Guerra (PRB). Este é o quinto pedido pela saída do chefe do Executivo caxiense, e o segundo protocolado pelo vice. A tentativa anterior feita por Fabris neste ano não foi formalizada. No documento, ele repete as razões do protocolo anterior, registrado em setembro do ano passado. Segundo Fabris, há descumprimento de suas sentenças já com decisões judiciais, entre elas, uma que diz respeito à estrutura física do gabinete do vice-prefeito.
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No novo documento, de 122 páginas, Fabris lista 26 itens em que denuncia supostas irregularidades. Entre elas, ele afirma que Guerra ignora problemas jurídicos e descumprimento de contratos de gestão, ignora o Conselho Municipal da Saúde ao decidir fechar o Postão 24h para reforma ou negligencia o serviço público ao terceirizar todos os serviços da UPA Zona Norte, entre outros.
— A principal motivação é o artigo 267 da Lei Complementar 3673/91, que eu prometi cumprir no momento da posse. Ele exige que que toda a autoridade que tomar conhecimento de irregularidades na administração pública tome providências fornais , sob pena de ser imputado co-responsável_ defende o autor do pedido do impeachment ao Pioneiro.
Sucessor em caso de impeachment do prefeito, Fabris garante no documento que, em caso de saída de Guerra, não assumiria o posto.
— A eventual remoção do prefeito do ofício ensejará a saída espontânea também do vice-prefeito por ser, no meu melhor entendimento, a solução mais adequada para corrigir o desgoverno crescente que aflige Caxias do Sul — descreve na página 122 do arquivo.