O PSB, partido que integrou todas as últimas cinco administrações da prefeitura de Caxias do Sul, poderá apresentar um candidato a prefeito para as eleições de 2020. A sigla cogita dois nomes: Alberto Meneguzzi, atual presidente da Câmara de Vereadores e que está em seu primeiro mandato, e Edio Elói Frizzo, vereador na sexta legislatura, atualmente licenciado. Os nomes são citados como alternativa pelo presidente do partido caxiense, Adriano Boff.
– Temos bons nomes, como o Alberto, que está despontando, e o Frizzo, com experiência.
Os socialistas participaram das duas administrações de Pepe Vargas (PT), das duas de José Ivo Sartori (MDB) e do mandato de Alceu Barbosa Velho (PDT). No primeiro governo de Sartori, ingressaram no último ano do mandato.
Fontes do partido dizem que Frizzo seria o candidato a vice dos sonhos do MDB caxiense, que já deixou evidenciada a preferência por Carlos Búrigo, atual chefe de Gabinete do governador Sartori, como candidato a prefeito. Para reforçar essa ideia, em junho passado, Frizzo deixou o Legislativo caxiense e passou a integrar o Governo Sartori como diretor-geral do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP), em Porto Alegre.
Em junho deste ano, Meneguzzi disse em entrevista ao Pioneiro que defendia integrar uma chapa majoritária ou candidatura própria do PSB na eleição de 2020. Ele teria ainda colocado seu nome à disposição como a candidato a prefeito ou vice.
– Entendo que o PSB seja protagonista e tem que estar na majoritária, tem que ter candidato próprio. Chega de andar a reboque. Eu, inclusive, já me coloquei à disposição para ser um candidato à majoritária – disse na época o vereador.
Agora, Meneguzzi adota um discurso de cautela e afirma que não é o momento para falar sobre o assunto.
Apesar de apresentar dois nomes de possíveis candidatos a prefeito, Boff pondera que o momento é de analisar o resultado das últimas eleições.
– Agora é hora de refletir o que aconteceu nessas eleições. Nossa preocupação ainda não está em 2020. Estamos mais preocupados com o processo do (Família) Magnabosco e as idas e vindas da saúde – diz.
Outra preocupação do presidente do PSB é manter o partido como alternativa de centro-esquerda para o eleitorado caxiense.
– Não (queremos) converter à direita, que agora é moda. Não vemos ninguém como inimigo mortal. Quem está em crise não dialoga com ninguém. Não somos os escolhidos de Deus. Quem diz “não” ao diálogo com a esquerda é um teleguiado – comenta Boff, alfinetando o presidente do PSL caxiense, Sandro Fantinel, que afirmou que não aceitará um candidato já filiado a um partido de esquerda.
Segundo Boff, o PSB quer uma cidade democrática, aberta, de todos e viável. Acreditamos que o poder público tem de participar mais, não ficar acanhado. Deve estar na frente das decisões.
– Vamos querer contribuir (para uma cidade melhor). O tamanho vamos ver lá na frente – projeta Boff.