O general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão, companheiro de chapa de Jair Bolsonaro, defendeu nesta segunda-feira, na CIC de Caxias do Sul, os mesmos pontos de vista do candidato a presidente. Porém, de forma menos ostensiva, isto é, mais sutil do que Bolsonaro. No entanto, não deixou de dar uma declaração polêmica, que envolveu o vereador Edson da Rosa (MDB), quando falou sobre a herança cultural brasileira.
— Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena, minha gente, meu pai era amazonense. E a malandragem. Edson (da) Rosa, nada contra, viu, mas a malandragem que é oriunda do africano. Esse é o nosso cadinho cultural.
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Edson diz que não encarou a manifestação do general Mourão como polêmica.
— Ele (Mourão) é pardo. Inclusive, falou que o pai dele é indígena. Não falaria mal do pai dele, estaria desconstituindo o próprio pai. Ele tratou o africano em uma dimensão enquanto criação do homem. Passo a lo largo (da polêmica). Na grande maioria, os negros não se sentem e não são malandros. Na grande maioria, os índios não se sentem e não são indolentes. Quem tem de responder se houve alguma outra conotação é o general Mourão. Fui recebido representando a Câmara e ele me tratou com muita cordialidade.