Há dois anos, o servidor público José Carlos Fonseca do Amaral, 53, assistiu a uma reportagem na tevê sobre a possibilidade de perdão das dívidas dos Estados com a União. E aquela história ficou martelando em sua cabeça. Se era possível, por que ninguém sugeria formalmente?, se perguntava. Resolveu, então, ele mesmo propor.
Acessou a seção Ideia Legislativa do site do Senado e cadastrou sua proposta: perdão das dívidas dos Estados brasileiros e punição ao partido que endividar a unidade federativa. O texto estabelece, além da remissão, suspensão do registro do partido do governante que extrapolar os gastos e perda do direito de seus líderes de se candidatarem a cargos públicos.
O assunto é pauta do dia. Nesta semana, o governador José Ivo Sartori (PMDB) entregou o pré-acordo para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal do Estado ao presidente Michel Temer (PMDB) em Brasília. A proposta, que inclui a venda de estatais, precisa ser aprovada pela União e Assembleia Legislativa.
— Eu não entendo de economia, mas penso que, antes de fazer isso (plano de recuperação), deveriam pleitear o perdão da dívida. Não precisa entregar o patrimônio do Estado.
Aberta para votação até quinta-feira, dia 16, a ideia de Amaral tem apenas 29 apoios. Para ter chance de ir para análise dos senadores, ela precisa de 20 mil. Por isso, ele apela:
— Se os professores, que estão com os salários parcelados, e os sindicatos apoiarem, acredito que consigo em dois ou três dias.
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