Palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul desta segunda-feira, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) criticou a Reforma da Previdência.
Para ela, a proposta é complexa, porque envolve, de alguma maneira, todos os brasileiros. Ainda conforme a senadora, falta legitimidade ao presidente Michel Temer (PMDB) para levar adiante o projeto, já que trata-se de um governo de transição.
– A maior dificuldade reside na falta de empoderamento dada pelo voto popular – resumiu.
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A senadora também ressaltou que é contrária à proposta da forma como foi apresentada, porque tem um compromisso os agricultores:
– Não é possível comparar os produtores rurais, da pequena atividade rural com uma indústria, com uma loja.
O foco no momento, conforme a parlamentar, é o projeto da terceirização, aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. Favorável à proposta, ela entende que a tecnologia está mudando as relações de trabalho.
No entanto, reforçou que é preciso garantir que direitos como férias, 13º salário e hora-extra sejam assegurados. Ana Amélia, que esteve reunida com o prefeito Daniel Guerra (PRB) e vereadores pela manhã, comprometeu-se em levar a Brasília as demandas do Executivo e do Legislativo.
Ela garantiu que irá buscar agilizar a tramitação da liberação do empréstimo de 33 milhões de dólares da Corporação Andina de Fomento (CAF) para asfaltamento de estradas do interior e prometeu que irá trabalhar para derrubar o veto relacionado à redistribuição das receitas do ISS em operações com cartões de crédito. Também irá dedicar-se a pautas relacionadas à retomada da economia, pedido dos empresários.
Em entrevista coletiva após a palestra, questionada sobre sua participação na próxima eleição, Ana Amélia disse que não concorrerá à governadora:
– Os gaúchos já disseram que não me queriam no Palácio Piratini. Entendi o recado das urnas de 2014, que os gaúchos e gaúchas preferiam que eu ficasse no Senado e lá eu pretendo ficar.