
Criado para apoiar a gestão municipal de Caxias do Sul nas tomadas de decisão, o Conselho de Governança (CGov) completou um ano em abril com reestruturação e balanço de entregas. Entre os avanços indicados pela administração estão o andamento de projetos como o Aeroporto de Vila Oliva, o túnel da Matteo Gianella, o dos recicladores na Rua Cristóforo Randon e PPP da Educação.
Na avaliação do prefeito Adiló Didomenico, o conselho tem papel fundamental para garantir estabilidade e continuidade administrativa.
— Os resultados começam a aparecer, trazendo estabilidade às ações da cidade. O objetivo é evitar que programas estruturais sejam descontinuados com as trocas de governo — afirmou.
Uma das mudanças implementadas neste ano foi a criação da Superintendência de Governança, que substitui a antiga Coordenadoria de Governança e é liderada por Samuel Adami. A estrutura inclui ainda os escritórios de Dados, Projetos, Processos e Transparência, além dos Comitês Internos de Governança (CIGs). Essa pasta só fica abaixo do conselho principal, que é composto pelos seguintes integrantes do Executivo:
- Prefeito Adiló Didomenico
- Vice-prefeito Edson Néspolo
- Chefe da Casa Civil Roneide Dorneles
- Controlador-Geral Francis Venturin
- Secretário de Gestão e Finanças Milton Balbinot
- Secretária de Administração, Tecnologia e Inovação Grégora Fortuna dos Passos
Com reuniões mensais, o grupo avalia dados e evidências sobre políticas públicas para embasar decisões do governo.
Segundo o superintendente de Governança, 2025 marca a transição entre o Plano Plurianual (PPA) da gestão anterior e o novo plano da administração. Dos dez projetos herdados, ainda faltam quatro apontados como entregas prioritárias (aeroporto, túnel da Matteo, recicladores e PPP).
— Estamos encerrando o ciclo de um PPA e iniciando a elaboração do próximo, agora com base no plano de governo de Adiló e Néspolo — explica Adami.
Além da reformulação estrutural, houve mudança nos eixos de atuação. As cinco áreas temáticas da gestão anterior deram lugar a quatro pilares estruturantes:
- Governança e responsabilidade fiscal
- Responsabilidade ambiental e infraestrutura
- Responsabilidade social
- Desenvolvimento econômico
Esses pilares orientam a avaliação dos projetos e a destinação de recursos, segundo Adami, sempre com base em evidências e indicadores. Para ele, a governança deve resultar em benefícios práticos para a população:
— Queremos que o cidadão perceba mais transparência e entenda como os recursos públicos se convertem em melhores serviços — disse.

Após a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em maio de 2024, o conselho passou a discutir também indicadores relacionados às normas internacionais (ISOs) de cidades inteligentes e resilientes.
— A ideia é adaptar a gestão municipal para promover resiliência ambiental, econômica e social — destacou Adami.
A política de governança pública, obrigatória desde 2023, segue orientações do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Decreto Federal nº 9.203/2017. O CGov foi implantado em Caxias em abril de 2024.