Conhecido das ondas do rádio, o jornalista Alberto Meneguzzi estreia na Câmara de Vereadores em 2017. Eleito pelo PSB com 1.850 votos, o novato já deve encarar o desafio de compor a Mesa Diretora no primeiro ano da legislatura. A tendência é de que ele seja o vice-presidente para acumular experiência e, em 2018, assumir a presidência da Casa. Edi Carlos Pereira de Souza, atual presidente do Legislativo, é do PSB, e Edio Elói Frizzo, também do PSB, já foi presidente duas vezes.
– O partido está entendendo que eu tenho essa condição. Isso é bacana, é uma honra. E eu vou estar preparado, sim. A função de vice-presidente não me amarra muito e é, ao mesmo tempo, um aprendizado – acrescenta Meneguzzi.
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O não "amarrar" a que se refere o vereador eleito é a possibilidade de apresentar projetos no primeiro ano do mandato – qualquer vereador pode apresentar proposições, exceto o presidente da Câmara. Meneguzzi tem planos de trabalhar em três áreas. Uma delas é a educação, tema de interesse do novo parlamentar. Ele, que chegou a cursar duas licenciaturas (Letras e História), mas não concluiu, quer discutir infraestrutura das escolas e condições de ensino para alunos e professores.
Saúde também é uma das preocupações de Meneguzzi. Ele já fez contatos com as direções dos hospitais Pompéia e Geral para entender melhor o funcionamento do SUS e visitou algumas unidades básicas de saúde da cidade. Além disso, o vereador diz que quer se dedicar às demandas da juventude. Uma das sugestões que irá fazer ao Executivo é a criação de uma central de atendimento aos jovens.
– Me angustia muito ver que muitos jovens estão desempregados e aqui em Caxias tem uma série de iniciativas, cursos, e a juventude não sabe. Quero sugerir a criação de uma central, porque a Coordenadoria da Juventude não tem feito esse papel – adianta.
Meneguzzi também defende que a próxima legislatura discuta grandes temas e cobre dos governos estadual e federal melhorias para Caxias e região.
– Alguns vereadores têm o perfil de fazedores, aquilo que se chama de vereador-despachante. Não acho errado. Mas, às vezes, tu tem que trazer temas nacionais para o local. E tem também as grandes questões da cidade, as cobranças de estradas e de verbas não foram tão incisivas (nesta legislatura). Acho que a próxima tem que fazer esse debate. Acho que brigaram pouco pelas coisas de Caxias – acredita.
Jornalismo e Igreja Católica
Meneguzzi tem uma história reconhecida pela atuação como jornalista – trabalhou nas rádios Miriam, Caxias e São Francisco –, mas também é conhecido pelo envolvimento com a Igreja Católica. Catequista há 30 anos, já formou centenas de jovens. Escreveu dois livros sobre catequese e dá palestras sobre o tema em diversas comunidades. Embora goste muito da sua profissão, admite que se sente mais catequista que jornalista.
– Durante a campanha, um senhor me disse: "se tu te eleger, teremos um catequista vereador". Quando me elegi, pensei: "é, agora sou um catequista vereador".
Filiado ao PSB desde 2003, nunca militou no partido. Chegou a ser convidado a concorrer em 2012, mas recusou. Resolveu se candidatar neste ano, após assistir a um vídeo do Papa Francisco, onde ele diz que o cristão deve, sim, participar da política. Antes, a única experiência foi como assessor da ex-deputada estadual Marisa Formolo (PT).
O jornalista e catequista de 49 anos é também graduado em Relações Públicas. Casado e sem filhos, é caseiro e gosta de assistir a documentários e programas de jornalismo, além de ler. A leitura atual é A mística do instante, de José Tolentino Mendonça. Meneguzzi também gosta de viajar. A última grande viagem, a trabalho, foi ao Haiti, em 2010, após o terremoto que atingiu o país:
– Foi uma experiência jornalística e humana.
Trajetória
:: Jornalista e Relações Públicas
:: Catequista há 30 anos
:: Ex-assessor político
:: Vereador eleito pelo PSB
Bandeiras
:: Educação
:: Saúde
:: Juventude
