Em tese, o prefeito eleito Daniel Guerra (PRB) teria a oposição de 21 dos 23 vereadores, pelo menos no início de seu governo, a partir de 1º de janeiro de 2017. Em tese, porque alguns dos parlamentares já indicam que não estarão em nenhum dos dois lados. É o caso de Kiko Girardi (PSD) e Neri, o Carteiro (Solidariedade), que prefere manter independência. Há também vereadores que ainda não decidiram qual será a posição a partir de 2017.
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Entre os vereadores consultados pelo Pioneiro, 17 se posicionam como oposição e garantem que ela será “responsável”. Entre os discursos, é unanimidade que bons projetos enviados pelo Executivo serão aprovados. Já propostas que prejudiquem a população não terão vez. A função de fiscalizar os atos da administração também é citada por todos.
Confira as respostas dos 23 vereadores eleitos para a próxima legislatura diante da questão sobre como será a atuação de cada um em relação ao futuro governo de Daniel Guerra.
Neri, o Carteiro (SD)
"Meu trabalho vai ser, primeiro, analisar o projeto. Se é bom para as pessoas, para a cidade, vou votar favorável. Não vou fazer oposição ao Daniel Guerra, porque penso que, passada a eleição, é hora de todos trabalharem juntos. E não vou estar na base do governo até porque a gente não apoiou ele."
Paula Ioris (PSDB)
"Não afirmei em nenhum momento se seria oposição, se seria independente. Tenho que conversar com meu partido. Minha posição será sempre construtiva. O papel é fiscalizar. Se isso é ser oposição, eu vou ser, mas não vou fazer uma oposição irresponsável."
Adiló Didomenico (PTB)
"Vamos cumprir nosso papel como fiscalizadores, como vereadores de oposição. Mas sempre que houver um projeto de interesse de Caxias, em benefício da comunidade, vamos ser parceiros. Evidente que cobrar do prefeito as propostas e suas promessas, vamos cobrar. Ele (Daniel Guerra) fazia muito bem esse papel."
Gladis Frizzo (PMDB)
"A gente tem que ver o que é bom para a cidade, para as pessoas. Se os projetos forem bons, a gente vai votar a favor, se forem ruins, a gente votará contra. Se a administração não andar, a gente vai cobrar. Tem que ter o bom diálogo (com o prefeito), até porque a gente tem muitas coisas para sugerir."
Edson da Rosa (PMDB)
"A minha oposição será altamente madura, pensando no bem da cidade. Nós vamos seguir o trâmite de qualquer projeto do Executivo. A gente tem que respeitar o resultado das urnas."
Rafael Bueno (PDT)
"Vai ser uma oposição responsável, Mas eu vou estar cobrando todas as promessas, a postura de gestor. Se vierem projetos bons, vamos votar a favor, caso contrário, vamos nos espelhar nele (Daniel Guerra) votando contra."
Denise Pessôa (PT)
"A nossa posição é a mesma que a gente teve tanto no governo Alceu como no governo Sartori, de oposição responsável, de votar os projetos que são bons para a população. A gente vai fiscalizar e apoiar os projetos que são bons."
Velocino Uez (PDT)
"Quem me colocou na Câmara foi o povo e vou trabalhar para o povo. Vou votar naquilo que é bom para o povo. A gente vai fazer oposição daquilo que não é bom para o povo."
Chico Guerra (PRB)
"A minha postura independe de quem está no Executivo. Indiferente se é o Daniel, se é irmão. Se vier algum projeto para o Legislativo aprovar e que seja contra a coletividade, serei voto contrário."
Elói Frizzo (PSB)
"O PSB é um partido de oposição. Vai ser uma oposição responsável, que tenha como norte o interesse da cidade. Se forem bons projetos, serão aprovados. Se a gente entende que tragam prejuízo à comunidade, vamos discutir. A minha relação com prefeito será eminentemente institucional."
Renato Oliveira (PCdoB)
"Independente do prefeito que tivesse, nós seríamos oposição. Mas o projeto sendo bom, vamos aprovar. Se não é bom, votamos contra. Pra mim, a eleição terminou no dia 30, às 17h. Ele (Guerra) nunca disse que o problema era de finanças, mas de gestão."
Elisandro Fiuza (PRB)
"Suponhamos que venha um projeto que não seja de acordo com o que vai ser para o bem da população. Será de uma forma positiva votar a favor? A gente tem que compreender e ser coerente."
Arlindo Bandeira (PP)
"Vai ser uma oposição amigável, tranquila, vou levar minhas reivindicações e quero que ele dê atenção, porque vou usar o discurso do próprio Guerra, temos que pensar na população. Vamos cobrar o que a população precisa. Vamos votar favorável se o projeto for bom."
Paulo Périco (PMDB)
"Eu não sou radical, eu uso o bom senso. Se eu me espelhar no vereador Daniel Guerra, vou ser oposição a vida toda. De minha parte, não existe radicalização. Agora, claro, existe um consenso de partido. Vou votar conforme o projeto. O projeto, para que a gente vote a favor ou contra, precisa vir extremamente substanciado."
Felipe Gremelmaier (PMDB)
"É um momento de responsabilidade, sem revanchismo, sem raiva, mas sabendo que a população me colocou na oposição. O que for bom para a cidade vai ter o voto favorável. O poder de fiscalização também. Quando tu é governo, tu tem a liberdade de conversar direto com o secretário. Como vereador de oposição, tem que respeitar a escolha da população."
Rodrigo Beltrão (PT)
"Não há dúvida nenhuma que seremos oposição. No entanto, precisamos fazer uma oposição responsável e construtiva, e não uma oposição sistemática. Acho que a oposição pode ser importante no sentido de apontar caminhos e demandas. Acho que o Guerra precisa amadurecer do ponto de vista do diálogo. Eu não vejo nele a vocação do diálogo. No entanto, nós sempre estaremos abertos ao diálogo."
Alceu Thomé (PTB)
"O que for de agrado da maioria das pessoas, certamente, a gente vai se posicionar com quem mais precisa. A gente não tem compromisso com ninguém, temos compromisso com as pessoas que nos elegeram. Não temos o compromisso de radicalizar. A gente tem que votar a favor (de bons projetos)."
Edi Carlos (PSB)
"Vamos fazer uma oposição responsável. Meu partido está na oposição, mas fui eleito com o voto da população, então, estarei ao lado da população. Mas vamos fazer oposição, cobrar aquilo que o vereador Daniel Guerra também cobra até hoje. Cobrar para que se cumpram as propostas de campanha e, se forem boas, estaremos votando favorável. Toda vez que eu precisar que alguma reivindicação minha chegue ao prefeito, vou marcar e falar com ele."
Kiko Girardi (PSD)
"Na eleição passada, eu fazia um trabalho conforme o projeto. Se eu achava que o projeto era viável e bom para a comunidade, eu votava favorável. Vou ter a mesma postura. A princípio, vou ficar independente."
Flávio Cassina (PTB)
"Sempre será uma oposição responsável. Nós vamos olhar o interesse da cidade, acima dos interesses particulares."
Ricardo Daneluz (PDT)
"Com certeza, vou ser oposição, mas com responsabilidade, sempre pensando na cidade. Vou ter que analisar projeto por projeto. Não vou fazer oposição contra tudo e todos."
Alberto Meneguzzi (PSB)
Não quis falar antes da convenção do PSB, que ocorre na noite desta quinta-feira.
Gustavo Toigo (PDT)
"É lógico que vamos manter uma fiscalização em cima de todas as ações, agora, será uma oposição responsável, também com ideias propositivas. A população nos coloca como oposição. A oposição é fiscalizatória, é para o bem da nossa cidade e, quando necessitar a correção de rumos, vamos fazer os apontamentos necessários."