Uma postagem da vereadora Ana Corso (PT), feita na noite de terça-feira em seu Facebook, provocou um alvoroço nas redes sociais. No dia em que o Mirante divulgou matéria com o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), em que ele afirmou "o que passou, passou", em relação ao conflito com o PT e o candidato a prefeito Pepe Vargas no primeiro turno, Ana resgatou a declaração de Alceu feita no Twitter em 27 de setembro. A manifestação da petista deixa claro que não passou, não.
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O prefeito havia chamado o PT de "bando de ladrão” quando a Justiça Eleitoral julgou improcedente a ação movida contra as candidaturas dos governistas Edson Néspolo (PDT) e Antonio Feldmann (PMDB), por suposto uso de máquina pública por Alceu na inauguração de uma obra. Se a intenção dele agora foi a de apaziguar, de olho na reversão dos votos petistas para Néspolo, a situação parece ter se complicado ainda mais. Ana veio com toda a carga. Disse que o PT continua oposição e classificou a campanha de Néspolo/Toninho de imunda. Enfim, mesmo sem fazer nome, a vereadora, que é esposa de Pepe, principal líder da sigla, demonstra que votará em Daniel Guerra (PRB).
Os militantes da coligação Caxias para Todos, naturalmente, reagiram. Porém, a forma como se posicionaram dá a entender que os 59.229 eleitores de Pepe não interessam a Néspolo. Erro estratégico: ao invés de tentar buscar esses votos, voltaram a bater nos petistas. Desse jeito, ajudam a empurrar o eleitor de Pepe para Guerra, mesmo que ainda muitos estejam bastante resistentes. Se a petista abrisse voto para Néspolo, haveria esta reação da Caxias para Todos?
A prefeitura de Caxias é um ingrediente nesta briga. Está em jogo o governo de José Ivo Sartori (PMDB), de olho em 2018. Hoje os 21 presidentes dos partidos coligados se reúnem com os candidatos governistas. Vão levar um posicionamento sobre a campanha. Um dos pontos, conforme comenta-se nos bastidores, é a imagem criada no primeiro turno. Também hoje haverá o primeiro confronto, cara a cara, entre Guerra e Néspolo, no debate da Rádio Gaúcha Serra, a partir das 8h10min. Todas as atenções se voltam para os argumentos e postura de ambos.