O presidente do PCdoB caxiense, Déo Gomes, participou da reunião de quarta-feira com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o pré-candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, em Caxias. As lideranças pedetistas estiveram na cidade em busca de apoio da esquerda para a candidatura do governista Edson Néspolo (PDT).
Déo, porém, nega que tenha sido tratado sobre apoio com o PCdoB.
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– Fui ouvir a intervenção do Ciro, formamos um bloco nacional e ele é cotado para ser pré-candidato a presidente. Achei interessante ouvir o discurso dele.
Quanto à posição do PCdoB, vale a que foi anunciada no dia 8, informa Déo, ou seja, o partido não apoia Néspolo, nem Daniel Guerra (PRB).
Porém, Ciro Gomes, quando falou à colunista, após o almoço em Caxias, deu a entender que a adesão do PCdoB é esperada.
– O PCdoB não erra nessas coisas. Para o PCdoB, é mais simples, porque não foram eles o objeto direto do nosso ataque (do PDT ao deputado federal Pepe Vargas e candidato do PT no primeiro turno). E eles têm um alinhamento ideológico muito mais treinado. Não tenho a menor dúvida do que o PCdoB vai fazer.
O vereador reeleito pelo PCdoB, Renato Oliveira, já anunciou que vai votar em Néspolo. O que sinaliza sua posição na Câmara, numa vitória de Néspolo. Vale lembrar que o PCdoB integrou o governo Alceu Barbosa Velho (PDT), de janeiro de 2013 a março de 2016.
Impeachment
O posicionamento dos pedetistas de Caxias sobre o impeachment de Dilma Rousseff (PT) nem conta para Lupi.
– O PDT de Caxias não tem um voto na Câmara Federal. A posição do PDT daqui não teve influência, o que vale é a posição do partido federal, o que estava contando era o voto dos deputados federais e não estadual, nem de prefeito – respondeu Lupi, quarta-feira, ao ser questionado pela colunista sobre a polêmica envolvendo este assunto na disputa eleitoral.
Apesar do que Lupi diz sobre a posição do PDT caxiense e o impeachment da ex-presidente Dilma, este foi um dos argumentos de Pepe Vargas ao reforçar a posição do PT de não apoiar o pedetista.
