O tempo é precioso para os candidatos a prefeito na corrida para convencer os indecisos e reverter votos do adversário. A campanha do segundo turno para o Executivo de Caxias do Sul abusou das divergências pessoais, marcadas pelas posturas antagônicas na forma de governar anunciadas por Daniel Guerra (PRB) e Edson Néspolo (PDT).
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Enquanto Guerra defende um projeto de cidade, argumentando que sua coligação é com a sociedade, rebatendo o fato de o oponente ter 21 partidos na coligação e ele apenas três, Néspolo fala em trabalho de união e se ampara na conquista de 18 vereadores eleitos pelas siglas que o apoiam. Em síntese: nada amistosa.
Em meio a todo esse bombardeio, que tem cansado o eleitor ainda no primeiro turno, entram as propostas. Nem tudo que é dito pelos candidatos é possível ser realizado em quatro anos. Ao serem "apertados" sobre alguns temas, a exemplo do pente-fino passado nos planos de governo pela série de reportagens produzidas pelo Pioneiro, ficam vácuos em algumas propostas.
O Hospital de Pronto Socorro, por exemplo, que Guerra fala em viabilizar em seu plano de governo, não será construído, apenas projetado.
No caso de Néspolo, ele diz que vai fortalecer a Guarda Municipal, pois fará um esforço para equipá-la melhor. Não tem dados concretos sobre o aumento da frota, nem de onde sairão os recursos.
É bom saber aproveitar bem o horário eleitoral que termina sexta-feira.
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