O ex-governador do Ceará e pré-candidato a Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), criticou o governo do presidente interino, Michel Temer, na quarta-feira, em Caxias do Sul. Ele participou de jantar promovido pelo PDT na comunidade Victor Emanuel, na Vila Maestra.
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Em entrevista coletiva, Ciro defendeu posição contrária à da grande maioria dos colegas caxienses de partido, pelo retorno da presidente afastada Dilma Rousseff. Ele lembrou que o diretório nacional da sigla tem uma posição "muito clara" sobre o tema, mas não é em defesa de Dilma, e sim da democracia.
– Defender o governo Dilma é quase impossível, mas estamos defendendo a democracia, e o Brasil está sofrendo um golpe – disse.
Segundo o ex-governador, Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade, que é a única circunstância em que se pode interromper um mandato presidencialista.
– O elemento jurídico de dolo, a culpa consciente de praticar o crime, não aconteceu. Portanto, o que está acontecendo é um golpe. Se algum companheiro do PDT não compreender isso, precisa estudar – afirmou.
Para Ciro, a probabilidade da presidente Dilma reverter o impeachment no Senado é minúscula, mas ele defende que é preciso lutar para explorar a ínfima hipótese de reversão. Em caso de vitória no Senado, o ex-governador defende que a presidente teria condições de voltar a governar o país.
– O Presidencialismo tem diversas patologias, mas tem uma virtude extraordinária de reconciliar e de mudar de rumo.
O ex-governador também comentou sobre o posicionamento da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que acusou o ministro do STF, Gilmar Mendes, de ser contra as investigações da Lava-Jato.
– O Brasil está doente. Você começa a quebrar todas as regras. Não é razoável que o ministro do Supremo faça declarações políticas polêmicas, e que a Associação dos Magistrados faça uma censura pública ao ministro do STF.