Uma semana antes das eleições de 5 de outubro, o vereador Washington Cerqueira (PDT) já estava de volta à Câmara, onde pretende ficar até o fim do mandato. O ex-jogador de futebol alcançou a primeira suplência para deputado federal com 33.492 votos, menos da metade do que obteve o último a garantir uma cadeira, Afonso Motta, com 90.917.
Washington prefere não fazer planos, mas é possível que assuma vaga em Brasília. Isso depende de como o governador e presidente eleitos no segundo turno montarão seus governos.
Vereador mais votado em 2012, Washington assumiu a vaga para a qual foi eleito apenas em 1º de abril deste ano. Antes, esteve à frente da Secretaria de Esporte e Lazer, onde estruturou o programa Educando Campeões, que oferece atividades esportivas no turno inverso ao da escola.
Como vereador, não teve nenhum projeto aprovado. Ele atribui isso à inconstitucionalidade, porque nenhuma lei proposta da Câmara pode onerar a prefeitura.
- Estamos estudando alguns projetos, mas esbarramos muito no inconstitucional. Agora vou ter mais tempo e tranquilidade para trabalhar - explica.
Nome lançado às urnas apenas há dois anos, Washington não acredita que a candidatura a um posto federal tenha sido precipitada. Ele argumenta que a decisão de concorrer à Câmara dos Deputados e não à Assembleia Legislativa foi tomada em conjunto com o partido e que tinha o desejo de tentar a vaga.
- A gente não quis dar um passo maior que a perna, porque para deputado estadual já estávamos muito bem representados. Aumentamos uma cadeira na Assembleia, apesar de Caxias não ter colocado nenhum deputado. E eu estava brigando com gente grande, que já vinha disputando - analisa.
Dos 33.492 votos recebidos, 21.220 foram em Caxias do Sul. Para uma próxima tentativa, Washington pretende buscar mais recursos para aumentar a campanha na região. Quanto a 2016, não descarta nem confirma a possibilidade de concorrer à reeleição.
