Primeiro suplente do PT da próxima legislatura na Assembleia Legislativa, o ex-vereador e ex-deputado estadual Marcos Daneluz, que completa 53 anos neste mês, aguarda os resultados do segundo turno quanto à possibilidade de assumir uma cadeira já em 2015. Se Tarso Genro (PT) se reeleger ao Piratini, a chance de Daneluz se fortalece diante da prática natural de deputados virarem secretários _ a exemplo do que ocorreu com ele em 2013 até março de 2014. Não se confirmando, Daneluz, que mora em Ana Rech, deve retornar à atividade rural no distrito de Santa Lúcia do Piaí, na propriedade da família. O petista totalizou 31.570 votos.
- Há 18 anos, quando entrei na política, eu era plantador de tomate e de morango. Sou técnico agrícola. Meus irmãos ainda estão lá, meus parentes ainda trabalham com isso e minha casa está lá em Santa Lúcia. É herança de meu falecido pai. Estou totalmente tranquilo se for necessário voltar à minha atividade rural - declara.
Com apenas 357 votos a menos do que o último de seu partido a conquistar vaga (Adão Villaverde), Daneluz vive um misto de sentimentos. Agradece a honra de ter sido o mais votado de Caxias a estadual, mas diz que a dor por não ter sido eleito é do mesmo tamanho. Porém, outra possibilidade se desenha para ele assumir na Assembleia. Basta um deputado estadual de seu partido se eleger prefeito em 2016.
- Na próxima eleição municipal, muito provavelmente teremos deputados do PT que serão prefeitos e posso me tornar deputado. Onde quer que eu esteja, não vou sair da atividade pública, tem muitas formas de se fazer política, não precisa ter mandato. Vou continuar estudando muito gestão pública, me preparando.
Daneluz, também ex-candidato a prefeito, defende que para 2016 o partido se prepare de forma muito madura para apresentar um projeto e plano de governo que cative a população de Caxias.
- Não se faz política só na hora da eleição e apresentando candidato de última hora - frisa.
Sobre a disputa ao Executivo, diz que o PT tem nomes extremamente importantes e cita o deputado federal Pepe Vargas, a deputada estadual Marisa Formolo, que não se reelegeu, e ele. Mas insiste:
- Para mim nomes não bastam, precisamos apresentar projeto convincente à população.
Daneluz atribui o fato de não ter sido eleito à má condução partidária e falta de bom senso dentro do partido, permitindo quatro candidaturas.
- Sabíamos que nossa vida seria duríssima, colocamos isso nos debates internos do PT, falamos do risco que correríamos de o partido não ter representação na cidade, e isso aconteceu. O que me resta, neste momento, é continuar trabalhando em defesa do projeto político e esperar que, passando os dias, com mais tranquilidade se possa fazer as outras avaliações.
Eleições 2014
Marcos Daneluz, de Caxias do Sul, aguardará no campo chance de voltar à Assembleia
Petista ficou como primeiro suplente, apenas 357 votos atrás do último deputado eleito
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