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Dois anos após lançarem a ideia, em agosto de 2011, os entusiastas da Rodovia da Serra seguem mobilizados em torno de um novo objetivo. Lideranças empresariais da região pressionam o Ministério dos Transportes para que a obra tenha a mesma agilidade que o governo federal adotou ao encampar o projeto. Em outubro, a Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (Cics Serra) deve ir a Brasília pedir à bancada gaúcha no Congresso que cobre rapidez na construção da estrada, que vai desafogar o trecho saturado da BR-116 na Região Metropolitana.
No vídeo, veja trechos do traçado da futura Rodovia da Serra.
Oficialmente batizado de extensão da BR-448, o projeto consiste em uma rodovia paralela à BR-116, totalizando 32 quilômetros entre Nova Santa Rita e Estância Velha. A BR-448 é a Rodovia do Parque, que está sendo construída entre Porto Alegre e Sapucaia do Sul para ser uma alternativa à 116, com investimento de R$ 1,07 bilhão. Porém, ela contempla apenas cidades da própria Região Metropolitana, deixando de fora a Serra, o Vale do Sinos e o Vale do Paranhana, que deverão ser atendidas pela Rodovia da Serra.
Em abril, a presidente Dilma Rousseff anunciou a liberação de R$ 530 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) para tirar o projeto do papel. Atualmente, está em curso um estudo de viabilidade, que seria concluído agora em setembro. Mas, devido à greve de servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), deve ficar pronto somente em dezembro. O Ministério dos Transportes garante que isso não deve atrasar o lançamento da licitação, previsto para junho de 2014.
Em junho, após o anúncio de Dilma, a entidade esteve no Ministério dos Transportes cobrando agilidade no processo. A Cics irá pedir que a bancada gaúcha faça coro ao pedido e encaminhe uma moção de apoio à obra. Com isso, pretende que as questões administrativas, como projeto executivo, licitação, licenciamentos e desapropriações, estejam superadas até o fim de 2014 para que, no início de 2015, as obras efetivamente se iniciem. De acordo com Petry, devido à baixa complexidade do projeto - exceto a parte de uma ponte sobre o Rio dos Sinos - o primeiro trecho da rodovia, até Portão, deve ficar pronto em quatro anos.