No retorno a Caxias do Sul após a viagem à Colômbia, o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) detalhou o que pretende fazer com as ideias que teve ao conhecer sistemas de transporte coletivo. Uma das medidas que devem ser implantadas é o fim da conversão a direita para veículos comuns em ruas que contam com corredores de ônibus.
Ele também acenou com a possibilidade de implantar corredores exclusivos para o transporte coletivo. Alceu também comentou as críticas do presidente do PDT, vereador Pedro Incerti, durante a viagem. Ele garantiu que aceita o posicionamento do colega de partido, mas que não concorda e que estranha o fato de ter sido criticado justamente pelo presidente da sigla que representa.
Pioneiro: Do que o senhor viu em Bogotá, o que chamou mais atenção e pode ser implantado em Caxias?
Alceu Barbosa Velho: Me convenci de uma coisa: essas conversões à direita em corredores de ônibus só existem em Caxias. Por exemplo, o corredor de ônibus da Pinheiro Machado. Chega na Visconde de Pelotas, entra carro no corredor, para tudo. Não tem como persistir, isso atrasa tudo. Agora temos que ver, conversar, estudar como acabar com essas conversões. Outra coisa é em relação ao corredor exclusivo para ônibus: um em todos os horários e um segundo para horários de pico. Os corredores tem que ser de concreto armado e raiado, um tipo diferente que eles têm lá e representa uma economia de 30% do pneu. Tudo isso se reflete na passagem. No fim deste ano, começo do ano que vem receberemos R$ 37 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade. Temos que ter esses exemplos para não errar (ao aplicar os recursos). Paralelo a isso, temos que pensar no Plano Diretor da Mobilidade Urbana. Fizemos a primeira reunião e vamos fazer um edital para a contratação de uma empresa que vai elaborar esse plano.
Pioneiro: Em relação às críticas do vereador e presidente municipal do PDT, Pedro Incerti, qual a sua percepção ao chegar em Caxias?
Alceu: Que nós vivemos em plena democracia e todos têm o direito de criticar e são responsáveis pelas críticas que fazem. Evidentemente, acho injustas e não as aceito, mas não posso fazer nada, ele está no direito dele. O que é estranho, e isso qualquer criança vê, é que venha do presidente do teu próprio partido. Mas também não está escrito em nenhum lugar que ele não pode fazer.
Leia na edição impressa do Pioneiro desta segunda-feira a entrevista completa.
