O empresário Nei Renato Isoppo, 48 anos, diretor-proprietário da empresa Água Mineral Boca da Serra, localizada em Vila Seca, distrito de Caxias do Sul, preso na segunda-feira pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Concutare, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira.
Ele foi ouvido na PF durante duas horas e, de acordo com o advogado Angelo Rafael Neves Xavier, Isoppo respondeu a todos os questionamentos. O Conselho de Investigação da PF decide, até o início da noite, se o empresário caxiense será solto ou reconduzido ao Presídio Central.
Xavier afirma que não há suspeição quanto à legalidade da empresa de Isoppo. A investigação refere-se à pessoa física. A suspeita relacionando Isoppo com as investigações de fraudes ambientais se deve a uma possível ligação com um funcionário público. Xavier, porém, não divulga se este funcionário pertenceria à esfera federal, estadual ou municipal. O advogado evita revelar qualquer detalhe sobre o depoimento.
O grupo investigado pela Polícia Federal é integrado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários. Eles são acusados de atuar junto aos órgãos de controle ambiental estaduais e municipais para obter ou conceder, ilegalmente, licenças ambientais e autorizações para exploração mineral.
Fraudes ambientais
Empresário de Caxias do Sul depõe na Polícia Federal
Conselho de Investigação da PF decide hoje se Nei Renato Isoppo permanecerá preso
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