Caxias do Sul apresentou redução de 54,5% no número de mortes violentas em julho de 2024, tanto na comparação com junho, quanto em relação ao mesmo mês do ano passado. Em ambos os comparativos, o índice caiu de 11 para cinco crimes. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul na última quinta-feira (15).
Além disso, nos sete primeiros meses deste ano, 61 pessoas foram assassinadas em Caxias do Sul. Dos crimes, foram dois feminicídios e outras oito pessoas perderam a vida em confrontos com a polícia. O caso de Adrian Pereira Teles, 23 anos, ocorrido em março, ainda segue em investigação. Neste ano, há um crime a mais do que contabilizado no mesmo período do ano passado.
O major Wagner Carvalho, subcomandante do 12º Batalhão da Brigada Militar, afirma que o tráfico de drogas segue sendo o principal pano de fundo para a violência na cidade e as organizações criminosas são as principais envolvidas na maioria dos casos. Por isso, segundo ele, a transferência de líderes das organizações para presídios distantes e as operações focadas no tráfico são as explicações dadas pela Brigada Militar para a redução. Carvalho avalia que a média de crimes violentos em Caxias está dentro dos patamares. E a expectativa é de que ocorra uma queda ainda maior até o final do ano — em todo o 2023, segundo a SSP, Caxias teve 99 mortes violentas.
A Polícia Civil de Caxias do Sul foi contatada, contudo até o fechamento desta reportagem não houve retorno.
Comparativo mês a mês em Caxias do Sul:
Janeiro
- 2023: 12
- 2024: 17
Fevereiro
- 2023: 12
- 2024: 15
Março
- 2023: 7
- 2024: 7
Abril
- 2023: 5
- 2024: 4
Maio
- 2023: 7
- 2024: 2
Junho
- 2023: 6
- 2024: 11
Julho
- 2023: 11
- 2024: 5
Bento Gonçalves e Canela tiveram aumento
Farroupilha também apresentou queda nas mortes violentas (de duas, para uma) no comparativo entre julho de 2023 e 2024. O índice é o mesmo de Vacaria. Já Bento Gonçalves registrou aumento em julho (de um no ano passado, para três este ano).
O crescimento mais significativo foi visto em Canela, na Região das Hortênsias. Se no ano passado não houve mortes em julho, este ano houve quatro assassinatos. Onze pessoas foram presas e dois adolescentes apreendidos pelo envolvimento em três destes crimes.
