Um dia depois de encerrar as atividades de uma mineradora clandestina de criptomoedas no bairro São Lucas, agentes da Polícia Civil de Canela descobriram um segundo espaço que operava ilegalmente na extração das moedas digitais.
A nova operação, nesta quarta-feira (19), foi em um sítio na Linha São Paulo, área rural de Canela. No local, segundo a polícia, foram encontradas 200 máquinas que operavam em funcionamento ininterrupto.
Os computadores pertencem ao mesmo casal que foi preso na terça (18) e que estava envolvido com a mineradora clandestina no bairro São Lucas. O casal irá responder por porte ilegal de arma de foto de uso proibido, crime contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, resistência e furto de energia.
Conforme o setor de Segurança Corporativa da RGE, o furto de energia nos dois endereços que as mineradoras atuavam é estimado em R$ 2 milhões nos últimos meses. Só na mineradora no sítio da Linha São Paulo, a projeção do gasto mensal de energia não paga é R$ 50 mil.
Nos dois dias de operação, a polícia recolheu 600 máquinas utilizadas pelo grupo.
A mineração de criptomoedas não é considerada crime, já que as moedas digitais não são emitidas ou controladas por governos ou bancos. No entanto, a forma como a ação foi realizada em Canela caracteriza ação ilegal pela sonegação da energia elétrica.
As criptomoedas são moedas digitais, que só podem ser acessadas com chaves únicas que pertencem aos usuários. A mineração é a atividade em que computadores atuam para extrair e validar códigos. Para isso, os computadores resolvem equações complexas. O minerador que conseguir solucionar primeiro recebe a criptomoeda.