Um homem de 32 anos, identificado como Ivanir de Mattos Guimarães, foi morto a tiros após invadir e ameaçar os policiais com uma barra de ferro dentro da Delegacia de Polícia Civil de Farroupilha, na Serra. A ocorrência foi registrada por volta das 23h de sábado (17).
De acordo com o delegado Ederson Bilhan, por volta das 20h, Guimarães foi detido pela Brigada Militar por desacato durante uma abordagem após direção perigosa quando empinava uma motocicleta em um bairro da cidade. Por ser um crime de menor potencial, ele foi liberado pelos agentes. Horas depois, ainda segundo o delegado, os policiais se depararam com o homem dentro do saguão da delegacia, em área exclusiva dos agentes, carregando uma barra de ferro e um facão, e apresentando sinais de agressividade.
— Ele estava extremamente alterado. Foi iniciada uma abordagem verbal, como é o procedimento, solicitando que ele soltasse a barra de ferro. Não surtiu efeito e ele começou a investir contra os policiais. Foi dado dois disparos de arma de choque, mesmo assim ele não se conteve, os tiros não conseguiram derrubar ele. Foram dados mais seis disparos de bala de borracha, sem sucesso. Os policiais ficaram encurralados na parede do saguão, a menos de um metro do homem, e não tiveram o que fazer a não ser usar a arma de fogo — descreve o delegado.
Bilhan não sabe precisar quantos disparos foram feitos, mas informou que o primeiro tiro foi nos pés da vítima e outros dois na região do peito. Um laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) deve precisar quantos tiros atingiram a vítima. O delegado informou ainda que, no momento da ocorrência, quatro agentes da Polícia Civil e da Brigada Militar estavam na delegacia.
Guimarães era natural de São Borja, morava em Farroupilha, e tinha passagens pela polícia por descumprimento de medida protetiva, vias de fato, ameaça, violação de domicílio, porte ilegal de arma de fogo, furto de veículo, roubo e crime contra fauna, entre outros.
Conforme informações de parentes, o corpo será sepultado em São Borja. Procurada pela reportagem, a família preferiu não se pronunciar neste momento sobre o caso.