O policial militar Marcelo Wille Thurow, 42 anos, morreu nesta quinta-feira (31) após passar quatro dias internados no Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, depois de ser baleado no rosto ao atender uma ocorrência em Nova Prata na madrugada de domingo (27). Na mesma ação morreu Guilherme Dallazem Mariano, 32, que ameaçava a namorada com uma arma, dentro de um apartamento. A morte do soldado da Brigada Militar (BM) foi divulgada na rede social oficial da corporação.
O confronto foi registrado por volta da 1h do domingo, na Avenida Conego Peres, no centro de Nova Prata. De acordo com informações da polícia, a BM foi acionada por vizinhos sobre um caso de violência doméstica. Ao chegar ao endereço, os policiais ouviram gritos de uma mulher, uma policial civil de Nova Bassano e namorada de Mariano.
Conforme a corporação, ela era refém do homem e pedia socorro, já que era ameaçada com arma de fogo. Ainda segundo a polícia, a equipe da BM tentou negociar com Mariano para que libertasse a vítima e entregasse a arma. Ele não obedeceu e disparou contra os brigadianos, que revidaram. Mariano morreu no local.
Já o soldado Wille foi baleado no rosto e, em seguida, foi removido em estado grave para atendimento e internação em Caxias do Sul. A mulher, que havia sido agredida pelo companheiro, foi conduzida para atendimento médico. Segundo a polícia, Mariano tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma, posse de drogas, furto de veículo, desacato, perturbação da tranquilidade, violação de domicílio e histórico de violência doméstica.
O soldado Wille ingressou na BM em 27 de junho de 2006 e estava trabalhando no 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (3º Bpat). O velório do policial será na Câmara de Vereadores de Nova Prata. O sepultamento será no município de São Lourenço. Em nota, a Brigada Militar se solidarizou com familiares e amigos do soldado e reforçou a importância de combater a violência doméstica: "Em pleno Agosto Lilás, o falecimento do soldado Wille relembra a necessidade da luta diária pelo fim da violência doméstica e familiar contra a mulher e reforça o papel das forças de segurança pública e da justiça na proteção às vítimas. O lamentável acontecido também representa uma perda que não é só dos familiares e amigos, tampouco somente da Brigada Militar, mas sim de toda a sociedade, pois cada policial faz a diferença na proteção de todos e na garantia da justiça, da paz e do bem-estar social".