Os bombeiros de Passo Fundo, que auxiliam nas buscas de Luciano Boeira Melos, 27, que desapareceu no dia 26 de julho em Bom Jesus, descartaram como ponto de buscas o local onde a moto do caminhoneiro foi encontrada. As buscas estavam sendo feitas com o auxílio de cão farejador e cessaram nesta sexta-feira (4) pelo comportamento do animal, que não demonstrou encontrar algo que ajudasse no caso.
O veículo estava embaixo de uma ponte no Rio dos Touros, na localidade de Casa Branca, e foi achado por moradores locais na segunda-feira (31).
— Se o cão não muda o comportamento a área é descartada. Se ele identifica algum odor, ele cava e vai latir e durante toda a busca e a zona de busca onde a moto foi achada, ele não demonstrou nenhuma atitude assim — conta o soldado Godois.
As buscas da equipe pelo local foram feitas nos últimos dois dias. Conforme os bombeiros, o descarte ocorre justamente para que o trabalho da Polícia Civil possa ser intensificado em outras possíveis áreas.
Nesta sexta-feira, uma equipe de mergulhadores da Companhia Especial de Busca e Salvamento (CEBS) do Estado, por meio do auxílio da Polícia Civil de Bom Jesus, fazem uma busca dentro de um açude na propriedade onde mora a mulher, que teria mandado a mensagem marcando o encontro com o caminhoneiro, e o companheiro. De acordo com os bombeiros, a equipe com o cão farejador esteve no mesmo local na quinta-feira (3), mas nada foi encontrado.
Em conversa com a reportagem, o capitão Vinícius Manfio do CEBS afirmou que as buscas dos mergulhadores começaram por volta das 7h e são cinco profissionais fazendo uma varredura por dentro da água.
Relembre o caso
Luciano sumiu há oito dias, após sair de casa para encontrar uma mulher. Ele é conhecido na comunidade como Bigode e trabalha como caminhoneiro. Segundo familiares e áudios encaminhados por ele a um amigo, ele saiu de moto da região de Hortêncio Dutra, interior do município, depois de receber uma mensagem dela pedindo para que os dois se encontrassem.
Conforme a família, a mulher teria mandado uma mensagem afirmando ter se separado do companheiro. Como ele não retornou para casa, a família acreditou que os dois tivessem fugido. No dia seguinte, quinta-feira (27), familiares viram a mulher e o companheiro em um posto de saúde e começaram a se mobilizar para procurar pelo homem.
O delegado informou que não encontrou as mensagens no celular da mulher e que ela relatou que tinha o hábito de apagá-las para que o marido não visse. Os celulares de todos os apontados pela família como possíveis envolvidos no sumiço foram analisados e que eles forneceram acesso total aos telefones e às residências.