Por quatro votos a zero, os jurados decidiram na quinta-feira (13) pela condenação de Marcelo Borsato. Ele foi apontado como o responsável pelo assassinato do ex-sócio, Miguel Angelo Siega, então com 49 anos, em março de 2012, em Muitos Capões, na Serra. A pena aplicada pelo juiz é de 19 anos de reclusão, mas Borsato seguirá em liberdade devido a um habeas corpus.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Siega foi morto na estrada Vila Ituim, na localidade de Santa Rita, em Muitos Capões, com dois tiros de revólver. Ainda conforme a polícia, Siega, que era empresário do agronegócio, foi chamado pelo sócio para uma reunião em uma residência na região. A investigação apontou que, na estrada, a vítima foi abordada por Ederson Luiz Ferreira, autor dos disparos e que era funcionário da dupla. A polícia apontou que Ferreira estava acompanhado por Eduvar da Silva Padilha.
Conforme as autoridades, a motivação teria sido que Siega cobrou dívidas de Borsato. As investigações apontam ainda que o sócio teria pago à dupla as quantias de R$ 7 mil e R$ 7,5 mil – através de dois veículos Vectra. Os três homens foram indiciados pela polícia. Ferreira foi morto antes de ser julgado e Padilha foi condenado a oito anos de prisão.
Esse foi o terceiro julgamento de Borsato. O primeiro, realizado em 9 de outubro de 2019, foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). A anulação aconteceu porque a defesa dele utilizou um documento que não havia sido anexado ao processo. O segundo, em maio deste ano, foi transferido porque o réu não compareceu ao júri marcado e teve a previsão decretada pela Justiça. Posteriormente, ele se apresentou à Polícia Civil e foi recolhido ao Presídio Estadual de Vacaria, mas foi solto após um pedido de habeas corpus.
A reportagem tenta contato com a manifestação da defesa de Borsato.