Quase dois anos após o crime, Douglas Fernando Molina Andrade, 24 anos, foi julgado pelo homicídio qualificado de Luis Gabriel Pimentel, 34, no centro de Caxias do Sul. O réu confessou o crime, alegando ter perdido o controle durante uma discussão. O Tribunal do Júri começou às 9h desta sexta-feira (22) e terminou próximo ao meio-dia, quando a acusação foi desclassificada para lesão corporal seguida de morte. Andrade foi condenado a cinco anos e seis meses de reclusão.
O crime aconteceu na manhã do dia 8 de dezembro de 2019 na Rua Bento Gonçalves. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), Andrade espancou a vítima até a morte, incluindo chutes na cabeça quando a vítima estava caída e desacordada. O motivo, segundo o próprio acusado, seria o suposto furto de um celular duas semanas antes — e que não havia sido relatado à polícia.
O caso inicialmente foi tratado como um assalto com morte, por isso foi investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Os policiais conseguiram imagens de câmeras do comércio próximo que flagraram o suspeito e a vítima discutindo. Pimentel foi reconhecido por testemunhas e preso no dia 27 de dezembro de 2019.
Em juízo, Pimentel relatou que não tinha a intenção de matar seu desafeto. O réu alegou que estava embriagado na ocasião e que, após o crime, mexeu nos bolsos da vítima a procura do seu celular furtado. Além da confissão, a Polícia Civil também apreendeu as roupas que o investigado utilizava no momento do espancamento.