Alessandro da Silva, 33 anos, acusado de matar o empresário caxiense Rômolo Augusto Oliveira, em maio de 2018, foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão pelo crime. O assassinato ocorreu há três anos, na propriedade rural da vítima em Vila Seca, interior de Caxias. Rômolo era proprietário das lojas RA Homem e RA Mulher, Casa & Cia, Magazine Cruzeiro e do Plaza Shopping. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (12).
Alessandro foi condenado a 22 anos de prisão pelo homicídio, com mais três qualificadoras: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
— A sentença reconheceu a tese acusatória e o magistrado, na integralidade, todos os fatos, qualificadoras e crimes conexos. Isso devolve um pouco a justiça para a família. Passados três anos conseguimos findar uma etapa processual, embora tenham ainda seus desdobramentos — avalia o assistente da acusação, Ivandro Bitencourt Feijó.
A defesa de Alessandro afirma que vai recorrer da sentença.
— A defesa apresentou oralmente recurso e vai apresentar razões diretamente no Tribunal de Justiça em Porto Alegre. Vamos recorrer em razão da pena aplicada ter sido bem exasperada e algumas circunstâncias não terem sido reconhecidas, especialmente em virtude de ele (Alessandro) ser primário — comenta a advogada Maria Gabriela de Abreu Machado
No julgamento, o réu atribui a responsabilidade do homicídio ao outro réu, já falecido. Alessandro alegou que teria ocultado o cadáver a pedido do outro envolvido, que lhe ofereceu uma quantia em dinheiro.
Lembre o caso
- Funcionários da fazenda do empresário Rômolo Augusto Oliveira acionaram a Brigada Militar, por volta das 14h50min do dia 26 de maio de 2018, informando que havia marcas de sangue no local e que tinham avistado o veículo do empresário deixando o local em alta velocidade.
- Rômolo foi encontrado morto dentro do próprio carro, uma caminhonete Land Rover, na Rua Cesare Cambruzzi, estrada de chão que liga a Rota do Sol com o bairro Vinhedos.
- Dentro do veículo foram encontrados R$ 15 mil em dinheiro, chave de um veículo BMW, cartões e outros pertences da vítima, que apresentava marcas de agressão na cabeça.
- Dois dias depois do crime, a Polícia Civil prendeu preventivamente Alessandro, ex-funcionário do empresário, e o capataz da propriedade da vítima. Um dos homens foi detido em Flores da Cunha com a arma do crime, uma barra de ferro, configurando prisão em flagrante. Ele, no entanto, faleceu em outubro do ano passado.